Já se passaram alguns meses desde que se descobriu que o mundo iria ser ameaçado por um novo vírus. Parece muito tempo, mas no campo da investigação não é bem assim, pois são precisos estudos, testes, validações, etc… tudo é muito complexo e leva muito tempo.
Um estudo australiano revela agora que o novo coronavírus pode estar presente um mês em notas de papel e ecrãs táteis. Mas há outras conclusões interessantes.
Há quem já não acredite em estudos quando o tema é o novo Coronavírus que origina a doença COVID-19. No entanto, é importante referir, que as evoluções só acontecem com o tempo e que o novo vírus é complexo “de estudar”. São preciso estudos para validar estudos e isto leva a que às vezes a informação não pareça válida.
De acordo com um estudo australiano recente, o Coronavírus pode estar presente em notas de papel e ecrãs táteis até um mês. De referir que esta conclusão pertence ao principal laboratório de biossegurança australiano.
A investigação concluiu ainda que a temperatura mais fria aumenta o risco de infeção. Este é um estudo recente, que coloca em causa outros (estudos) que já concluíram o contrário. Independentemente dos estudos realizados, as dúvidas sobre o “tempo de vida” (mesmo o vírus não sendo um ser vivo) mantêm-se.
Como conclusão científica, este novo estudo refere que o novo coronavírus tem uma resistência que, em alguns casos, é quase o dobro dos vírus comuns da gripe. Por exemplo, no ecrã dos smartphones, por exemplo, numa divisão a 20º Celsius, o vírus pode viver até 28 dias, contra os 17 dias das estirpes comuns da gripe.
Redução de 50% na presença do coronavírus em cada amostra
Quantas horas ou dias são necessários para se verificar uma redução de 50% na presença do vírus? O estudo revelou alguns dados muito interessantes.
Relativamente ao dinheiro de papel (paper note), a 20°C a carga do vírus caí para 50% em 9,13 dias e a 30ºC em 4,32 dias; no vidro (glass), a presença do vírus em 20ºC caía para metade em 6,32 dias e, a 30ºC, em 1,45 dias.
Como se pode ver pelos dados da tabela, quando maior a temperatura mais rapidamente o vírus “desaparece”.
Debbie Eagles, diretora-adjunta do centro de pesquisa científica, referiu que “Os resultados alcançados demonstram que o SARS-CoV-2 pode manter-se “ativo” em superfícies, por longos períodos de tempo. Tal significa que é necessidade reforçar as boas práticas como a higiene das mãos e a limpeza das superfícies”.