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Cientistas identificam indícios de água corrente na superfície do asteroide Bennu

Bennu é um asteroide do grupo Apolo descoberto no dia 11 de setembro de 1999. Esta rocha espacial desperta um interesse particular porque tem um potencial grande de colidir com a Terra. Contudo, além desse facto, Bennu parece indiciar que já teve água a fluir na sua superfície. Segundo informação da sonda OSIRIS-REx, que estuda “de perto” o asteroide, há marcas de rios.

Provavelmente estará a pensar como pode num asteroide haver água, rios e outros indicadores de algo tão precioso à vida. Os cientistas descobriram agora algumas novidades e curiosidades.


Bennu está classificado com uma rocha potencialmente perigosa à Terra. O seu potencial para colidir com o nosso planeta faz com que esteja referenciada na Tabela de Risco Sentry.

Em 2016, a NASA enviou para estudar esta rocha a sonda OSIRIS-REx. Assim, a ideia é recolher amostras da rocha e trazer para Terra, que deverá acontecer em setembro de 2023.

 

Água no asteroide Bennu

A água é preciosa no universo. É um ingrediente vital para a vida como a conhecemos, portanto, descobrir de onde vem, que tipo de planetas e outros corpos a possuem e como grande parte deste elemento chegou à Terra é extremamente importante se quisermos entender as origens da vida na Terra.

Nesse sentido, investigadores estão a estudar asteroide Bennu de forma mais próxima. Segundo eles, o que conseguiram recolher são evidências bastante surpreendentes. A enorme rocha espacial poderá ter tido rios há alguns anos.

Análises identificaram minerais no asteroide. Portanto, Bennu poderá ter tido água em abundância para deixar vários indicadores, ou esta rocha poderá ter sido parte de um astro maior que tinha água na sua superfície.

Os nossos estudos recentes mostram que os compostos orgânicos e minerais associados à presença de água estão amplamente espalhados ao redor da superfície de Bennu. Então qualquer amostra trazida para Terra deve conter estes compostos e minerais.

Compararemos as abundâncias relativas de orgânicos, carbonatos, silicatos e outros minerais da amostra com as dos meteoritos para ajudar a determinar os cenários que melhor explicam a composição da superfície de Bennu.

Explicou num comunicado a Dra. Vicky Hamilton, coautora de vários dos estudos.

 

Monte de lixo?

Bennu foi apelidado de “pilha de entulho” devido à sua superfície incrivelmente rochosa. O asteroide, que os cientistas pensaram ser um tanto liso, acabou por ser coberto por detritos e rochas de todos os tamanhos. Algumas das rochas maiores mostram evidências de minerais que sugerem água corrente no passado do asteroide.

Pedregulhos espalhados perto do local de Nightingale têm veios de carbonato brilhantes. Bennu partilha esta característica composicional com meteoritos aquosos alterados. Esta correlação sugere que pelo menos alguns asteroides carbonosos foram alterados pela água percolada no início do Sistema Solar.

Concluiu Hamilton.

Vários novos artigos de investigação focam-se no astro Bennu. Podem ser lidas as considerações na NASA.

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