O novo Coronavírus está a modificar a sociedade um pouco por todo o mundo. Além disso, as medidas para conter o contágio estão a penalizar fortemente o comércio global. Demora o aparecimento de uma vacina, e o planeta começa pouco a pouco a abrandar o ritmo. A ciência procura por todas as formas avançar para o combate. Assim, cientistas em Londres pagam cerca de 4 mil euros a voluntários para estes serem infetados em experiências para desenvolver uma vacina para o vírus mortal.
Estes testes visam validar a eficácia de uma nova vacina em desenvolvimento para combater o Covid-19.
Coronavírus poderá não ter uma vacina tão cedo
O Queen Mary BioEnterprises Innovation Centre, Londres, está a recrutar 24 pessoas para o estudo. Segundo as informações, estes voluntários serão injetados com duas estirpes mais fracas do vírus mortal – que já matou mais de 3800 pessoas em todo o mundo. As pessoas escolhidas irão ter sintomas respiratórios semelhantes.
Posteriormente, será testada uma vacina desenvolvida pela empresa Hvivo. Os pacientes permanecerão em quarentena durante duas semanas para ver se o resultado tem sucesso.
COVID-19: Dezenas de vacinas já em desenvolvimento
Atualmente, estão já em desenvolvimento 35 outras vacinas, e o governo do Reino Unido prometeu um extra de 52 milhões de euros na luta contra o coronavírus. No entanto, especialistas referiram que é pouco provável que uma vacina seja aprovada a tempo de deter a atual epidemia, que até agora viu mais de 110,00 pessoas em todo o mundo a adoecer com o COVID-19.
Apesar de ser um estudo controlado, antes destes ter início o regulador do Reino Unido terá de dar as devidas autorizações.
Assim, pelas 3500 libras (cerca de 4000 €), os participantes serão injetados com duas estirpes menos graves do vírus, chamadas 0C43 e 229E. Para obter o cheque de pagamento, os participantes devem permanecer em quarentena durante duas semanas e fazer uma dieta restrita. Além disso, estas “cobaias” não estão autorizadas a ter contacto com mais ninguém ou a fazer exercícios.
Os testes fazem parte de um esforço global de 2 mil milhões de dólares para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus. Este estudo deverá ser lançado até o final de abril e levará 14 meses, mas os voluntários não precisarão de ser colocados em quarentena.
Segundo os cientistas, como as vacinas para a COVID-19 ainda estão em produção em todo o mundo, é improvável que alguma esteja pronta a tempo de interromper o surto atual.