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China tem um plano para defender a Terra de um “Armageddon”

Apesar de haver milhões de asteroides “perto” da Terra, a verdade é que o nosso planeta tem tido sorte, pelo menos desde há uns milhões de anos para cá. Contudo, há um asteroide que desafia a imaginação dos investigadores e especialistas neste tipo de fenómenos, o Bennu. Espera-se que esta rocha massiva chegue a 7,5 milhões de quilómetros da órbita da Terra. Este é um asteroide ativo, e que tem hipótese, remota, de atingir a Terra.

Uma colisão entre a Terra e este asteroide resultaria num evento que poderia ser apelidado de Armageddon, ou a destruição de todas as formas de vida do planeta. Mas a China diz ter já um plano que nos salvará!


Asteroide: China diz ter a solução para nos salvar de um Armageddon

Nunca se falou tanto de asteroides como nos últimos anos. Possivelmente porque a tecnologia que dispomos atualmente permite vasculhar o espaço e as descobertas podem, por vezes, inquietar quem vigia o infinito à procura destas rochas que podem destruir a Terra.

Bennu é uma rocha espacial de 85,5 milhões de toneladas que vem em direção à terra e passará a 7,5 milhões de quilómetros da órbita da Terra entre 2175 e 2199. Claro, pelos muitos cálculos feitos desde que foi descoberto no dia 11 de setembro de 1999, as suas hipóteses de atingir a Terra são muito pequenas (1 em 2.700).

Objetos conhecidos perto da Terra (NEOs)

Contudo, se colidir com o nosso planeta, os resultados serão devastadores com uma energia cinética estimada de 1.200 megatoneladas. É por isso que alguns cientistas chineses têm já um projeto para desviar a rocha espacial recorrendo ao lançamento de 23 foguetões Long March 5, de acordo com a LiveScience.

 

Mas como chegaram ao número de 23 foguetões?

Os investigadores calcularam que 23 foguetões Long March 5, com um peso unitário de 992 toneladas, poderiam conseguir desviar o asteroide de uma colisão com a Terra em quase 9.000 km. A sua investigação foi publicada num novo estudo na revista Icarus.

Os impactos dos asteroides representam uma grande ameaça para toda a vida na Terra. Desviar um asteroide de uma trajetória de impacto é fundamental para mitigar esta ameaça. No entanto, devido aos constrangimentos de capacidade de lançamento, um “impactor” (nave espacial de aterragem a alta velocidade) com uma massa limitada só pode alterar minimamente a velocidade de um asteroide.

Escrevem os investigadores.

Segundo os investigadores, para melhorar a eficiência da estratégia do impactor cinético, o projeto propõe o Assembled Kinetic Impactor (AKI). Isto é, é proposto combinar a nave espacial com o módulo superior do veículo de lançamento. Esta combinação poderia de facto ser uma forma eficaz de lidar com o asteroide, em oposição a outros métodos sugeridos, tais como explodir o asteroide, o que ainda resultaria em pedaços que chegariam à Terra.

 

NASA aguarda as “entranhas” do asteroide Bennu

Em outubro de 2020, a nave espacial OSIRIS-REx da NASA libertou com sucesso o seu braço robótico para recolher uma amostra da superfície do asteroide. A amostra está programada para regressar à Terra em 2023 e fornecerá informação crucial sobre Bennu e os sistemas solares em geral.

Em março de 2019, foram também descobertos minerais que transportam água na superfície do asteroide.

 

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