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China aterra o seu primeiro rover em Marte

O lançamento do rover Zhurong foi o maior teste às capacidades de exploração do espaço até agora realizado pela China. A nave espacial chinesa Tianwen-1, atualmente em órbita em torno de Marte, deixou cair o seu módulo de aterragem.

Após 10 meses de trabalho, o rover chinês aterrou com sucesso em Marte!


China faz história

A China acabou de aterrar um rover na superfície de Marte pela primeira vez. Isto reforça as capacidades aeroespaciais do país, comparando-se aos Estados Unidos e à extinta União Soviética, os únicos países a aterrar com sucesso um rover no Planeta Vermelho.

De acordo com uma fonte de notícias baseada na China, o nome Zhurong é uma homenagem ao deus do fogo da mitologia chinesa. Este pretende representar “o nome chinês do Planeta Vermelho, Huoxing, que significa planeta do fogo”.

Este rover passou meses na órbita de Marte hospedado na nave espacial Tianwen-1. Embora a então União Soviética tenha aterrado um rover em Marte em 1971, este só durou alguns minutos antes de os engenheiros russos perderem toda a comunicação com o terrestre. Isto significa que a China é a segunda nação a operar com sucesso um rover para além da Lua.

O rover chinês aterrou na região de “Utopia Planitia” de Marte por volta das 00:11h (Lisboa) de sexta-feira à noite, mas devido ao atraso de rádio causado pela extrema distância de Marte à Terra, a confirmação de uma aterragem bem sucedida só ficou disponível por volta das 00:40h. A China só anunciou a sua aterragem cerca de uma hora depois.

Instantes antes já se falavam dos famosos 7 minutos de terror, minutos onde se descobre se operação foi feita ou não com sucesso. “Assim, aqui vêm os #SevenMinutesOfTerror”, tweet citado por Ye Peijian, funcionário da Academia de Tecnologia Espacial da China.

 

O rover Zhurong estudará os campos magnéticos de Marte

Com uma aterragem bem sucedida em Marte, o rover Zhurong da China é um dos três rovers ativos no Planeta Vermelho, sendo os outros dois o “Perseverance” e “Curiosity” da NASA.

A missão do rover Zhurong  envolve estudar o campo magnético do Planeta Vermelho, analisar a composição da superfície, investigar o tempo, e muito mais. O rover também tem radares capazes de detetar água sob a superfície do planeta, o que é outra novidade, segundo a Planetary Society, uma organização sem fins lucrativos.

A aterragem em Marte é sempre automatizada, mas é difícil, especialmente porque toda a aproximação, entrada atmosférica e aterragem têm de ser pré-programadas e automaticamente executadas, uma vez que a distância física entre nós e Marte é demasiado grande para que os engenheiros possam efetuar o controlo em tempo real.

 

Ainda muito está por vir

A nova corrida espacial vai além das empresas aeroespaciais privadas geridas por bilionários como a SpaceX de Elon Musk e Blue Origin de Jeff Bezos. A China fez grandes progressos nos últimos anos, num esforço nacional para provar capacidades em relação à NASA. E nos próximos anos, é também provável que vejamos o país a estender os programas à Lua, num projeto conjunto com a Rússia para colocar uma estação espacial em órbita lunar.

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