O lançamento da CST-100 Starliner da Boeing decorreu ontem mas o desfecho não foi o melhor. A rota percorrida não correspondeu ao inicialmente planeado e por isso a cápsula não irá chegar à ISS.
Para colmatar o insucesso, a empresa concorrente da SpaceX está a preparar o regresso da cápsula… Para além disso, os motivos que levaram à mudança na órbita já são conhecidos!
O lançamento da cápsula CST-100 Starliner foi feito ontem ao final da manhã. O acompanhamento foi feito em direto no Pplware, sendo que nos primeiros minutos tudo correu bem.
No entanto, passada cerca de meia hora após o levantamento, os primeiros sinais negativos começaram a aparecer. A cápsula da Boeing não alcançou a órbita pretendida. O problema, explicado agora pelo administrador da NASA Jim Bridenstin, esteve no consumo de combustível.
Because #Starliner believed it was in an orbital insertion burn (or that the burn was complete), the dead bands were reduced and the spacecraft burned more fuel than anticipated to maintain precise control. This precluded @Space_Station rendezvous.
— Jim Bridenstine (@JimBridenstine) December 20, 2019
Mais especificamente, o problema pode ter residido no software. Durante a separação do foguete Atlas V, por razões que ainda não estão claras, a CST-100 Starliner mudou para o relógio errado. Por não ter o horário correto, a cápsula passou a realizar uma queima de inserção orbital.
Estas mudanças levaram a um consumo de combustível superior que, consequentemente, resultaram na incapacidade de cumprir a órbita correta.
A Boeing, perante o sucedido, está já a preparar um próximo lançamento. Os planos passam por ter a cápsula pronta o quanto antes para que, em 2020, sejam realizados os primeiros testes com astronautas a bordo. Tal vai ao encontro do programa Commercial Crew Development da NASA, no qual a SpaceX também participa.
Para além disso, é esperado que a CST-100 Starliner reentre na atmosfera nas próximas quarenta e oito horas. Concluído esse passo, a cápsula deve pousar no Porto Espacial White Sands, no Novo México.