Dentro de dias a Terra irá ser visitada por um “novo” asteroide. Segundo a NASA, este astro, do tamanho da Grande Pirâmide de Quéops, vai passar na Terra a uma velocidade de 49 mil km/h. Este é mais um asteroide que no mês de agosto vem visitar o nosso planeta.
Depois de milhões de anos de anonimato, a gigantesca rocha espacial, com um tamanho estimado de 160 metros de largura, vai fazer por cá o seu primeiro voo registado no dia 28 de agosto.
Chama-se 2019 OU1 e é um asteroide “novo” a passar pela Terra
O asteroide, apelidado de 2019 OU1, faz parte da classe Apollo de asteroides próximos da Terra – que formam a maioria dos asteroides potencialmente perigosos. Conforme já vimos no passado, meteoritos desta classe podem criar danos, como vimos com o Chelyabinsk.
Este foi o asteroide, que explodiu dramaticamente sobre a cidade russa e deixou os residentes atordoados com cortes de vidro estilhaçado.
Qual a origem destes asteroide classe Apollo?
Pensa-se que os asteroides Apollo têm origem no principal cinturão de asteroides, mas depois são desviados do rumo pelas interações gravitacionais com Júpiter. Estes asteroides “potencialmente perigosos” são definidos pela NASA como rochas espaciais que passam até 0,05 au da Terra e têm uma magnitude de 22 ou menos.
De acordo com o CNEOS (Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra) da NASA, o asteroide 2019 OU1 deverá passar pela Terra no próximo dia 28 de agosto. A rocha estará a uma distância de apenas 0,6867 unidades astronómicas ou 1 028 370,82 quilómetros da Terra.
Portanto, o asteroide deve passar pela Terra, mas sem a classificação de “perigoso” pela NASA.
Estamos a demorar muito para identificar a passagem dos asteroides
A parte mais assustadora é que a rocha, chamada 2019 OK, poderia arrasar uma cidade. Tendo poder semelhante ao de uma bomba atómica e nem sequer tinha sido avistada por astrónomos.
Se tivesse 100 metros de diâmetro, deixaria uma cratera com cerca de um quilómetro de diâmetro, e a energia da explosão seria equivalente a cinco megatoneladas de TNT. Contudo, se esse astro batesse nalgum lugar onde não há nada, então não aconteceria muito. Se caísse no oceano, poderia incitar um tsunami, mas não seria um que ameaçasse a vida.
Referiu o professor Kris Stanek ao jornal El Reg.
A nossa capacidade de lidar com os asteroides está a tornar-se mais urgente, à medida que os cientistas tentam desenvolver métodos para proteger a Terra da catástrofe. Na verdade, segundo, o nosso planeta, um dia assistiu a um impacto tão devastador que quase todos os dinossauros foram extintos, deixando apenas algumas aves vivas na Terra.
Nesse sentido, há várias agências, além da NASA, a desenvolver um projeto de escudo planetário. Resta saber se um dia iremos precisar dele e ele funcionará.