A Apple lançou este novo Apple Watch na sua apresentação, que aconteceu online, no passado dia 15 de setembro. No entanto, as novidades foram sendo sublinhadas por rumores muito antes. Aliás, o watchOS 7 já era uma antevisão do que aí vinha. Assim, mal saiu, metemos a mão para confirmar se de facto era como a Apple afirmava.
Estas são as nossas primeiras impressões daquele que é hoje o smartwatch mais vendido no mundo. Vamos espreitar o Apple Watch Series 6.
Apple Watch Series 6 – primeiras impressões
Estamos perante uma nova máquina da saga Apple Watch. A Apple, desde 2015, tem anualmente lançado um smartwatch novo com incrementos tecnológicos e alguma alteração de design. Assim, no passado dia 15 de setembro, a empresa de Cupertino lançou o Apple Watch Series 6.
Esta versão traz algumas novidades face aos seus antecessores. A bateria foi melhorada, permitindo agora mais autonomia, carregamento (mais) rápido, altímetro, oxímetro, aumento em 2,5 vezes o brilho do ecrã em modo “sempre ligado”.
O modelo é o primeiro equipado com o chip U1, tecnologia de posicionamento, conhecida como rádio Ultra Wideband (UWB), que fornece uma localização mais precisa e perceção espacial, para que um dispositivo equipado com U1 possa detetar a sua posição exata em relação a outros dispositivos na mesma sala.
Traz agora um novo processador, a Apple colocou o SoC S6 que fornece um desempenho muito interessante em ações mais complexas. Outra novidade é o Wi-Fi 5GHz que também foi um ótimo incremento face às versões anteriores.
Design
Além das novas cores, o azul e o vermelho, o aspeto não mudou. Os tamanhos do ecrã são os mesmos, 40 mm e 44 mm, o tamanho e espessura da caixa é a mesma. As novas cores, (PRODUCT)RED e azul, fazem agora parte da nossa gama de caixas em alumínio 100% reciclado. Estas são complementadas com novas braceletes que dão um aspeto distinto face ao que já existia nos pulsos dos utilizadores.
A versão Nike, contudo, apenas traz duas tradicionais cores, o cinzento sideral e o prateado. Assim, neste campo, para lá das novas braceletes Solo e Solo entrançada, nada mais há a acrescentar.
Performance
Neste tempo em que tivemos oportunidade de o utilizar, nota-se um desempenho fluído, sem arrasto, apesar de logo no início termos um pequeno desafio. Como o iPhone 11 Pro Max que emparelhou o watch tinha a versão iOS 14.2 beta, não estava disponível a app Oxigénio no Sangue. O desafio foi mesmo perceber que esta versão tinha um bug, remover a versão, instalar a versão estável (via DFU) e voltar a fazer todo o processo de emparelhamento.
Feito isto, tudo o que a Apple prometeu está realmente no Apple Watch Series 6 equipado com o watchOS 7, agora na versão 7.0.1. Está mais rápido num ou outro pormenor, como, por exemplo, no próprio emparelhar, apesar de continuar a ser uma ação demorada e aborrecida.
No que toca à bateria, está melhor quer na disponibilidade para outras ações, como, por exemplo, as tais 2,5 vezes de mais brilho do ecrã “sempre ligado”, bem como a redução do tempo de carga em 20%, em relação à Série 5. Esta melhoria chega graças à melhor eficiência no system-in-package (SiP) do S6.
Segundo a empresa de Cupertino, a Série 6 leva agora 90 minutos para carregar de 0% a 100%, uma hora de 0% aos 80%, face às duas horas necessárias de 0% a 100% na Série 5. Por falar em carregamento, este ano os Apple Watches não virão com o adaptador de tomada de 5 watts. Trazem, sim, a base de carga USB-A.
Oxigénio no sangue
Sim, esta é a grande novidade que se junta a outras “ferramentas” de vigilância dos nossos sinais vitais. O nível de oxigénio no sangue é um indicador importante do nosso bem‑estar geral. Ajuda a compreender se o corpo está a absorver bem o oxigénio e a distribuí-lo da melhor forma.
Com uma nova app e um novo sensor integrado no Apple Watch Series 6, é possível fazer leituras do oxigénio no sangue sempre que quisermos. Esta função está ativa para monitorizar este indicador de saúde de dia e de noite, enquanto dormimos. Nesse sentido, este relógio traz um novo sensor e faz novas leituras.
O novo sensor de oxigénio no sangue é constituído por quatro conjuntos de LED e quatro fotodíodos. Está incorporado no cristal traseiro totalmente redesenhado do Apple Watch e trabalha em conjunto com a app Oxigénio no sangue para determinar o nível de oxigenação.
Segundo a Apple, os LED verdes, vermelhos e infravermelhos emitem luz para os vasos sanguíneos e os fotodíodos medem a quantidade de luz que é refletida. Em seguida, algoritmos avançados calculam o nível de cor do sangue, o que vai indicar o volume de oxigénio presente.
Sono
Apesar de ser uma funcionalidade do sistema operativo, este recurso é apontado como sendo mais um bom exemplo de como um smartwatch nos pode ajudar até a perceber a qualidade do sono. Assim, os novos sensores, com a nova app Sono, permitem que o utilizador estabeleça uma rotina para a hora de deitar e registar o número de horas dormidas todas as noites, permitindo-lhe definir e alcançar os seus objetivos de sono.
Portanto, acordado ou a dormir, o Apple Watch estará sempre a monitorizar a nossa atividade e a compilar dados para nos oferecer relatórios sobre a nossa capacidade física.
Em resumo…
Este novo smartwatch da Apple, o Apple Watch Series 6, vem aumentar o fornecimento de tecnologia mais íntima ao utilizador. Não é barato, pois custa 439 euros (489 com a bracelete Solo) o de 40 mm e 469 euros (519 com a bracelete Solo) o de 44 mm.
A Apple lançou também este ano uma versão “mais barata”. O Apple Watch SE vem no aspeto do watch séries 4, 5 e 6, mas sem algumas funcionalidades, como, por exemplo, o ECG. O seu preço começa nos 309 euros.
Havemos de voltar ao topo de gama desta linha para lhe trazer mais análises e dicas de utilização.