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Cada colaborador da Apple ouvia cerca de 1000 gravações da Siri

Ainda que todas as grandes empresas o façam, desde a Microsoft, à Google e terminando na Apple, a temática tem levantado preocupações. Com efeito, também a gigante de Cupertino o praticava, ainda que atualmente tenha removido o fator humano na análise, tratamento das conversas e gravações da assistente virtual, Siri.

Sabia que, por dia, cada colaborador da Apple podia ouvir até 1000 gravações captadas pela Siri?


Entre pedidos legítimos à assistente virtual, bem como ativações acidentais da mesma. Independentemente das causas, certo é que a Siri, todos os dias, capta milhões de conversas. Destas, uma fração é posteriormente selecionada para análise com o intuito de ajudar a melhorar todo o funcionamento da assistente em si.

As gravações e conversas captadas pela Siri

Sendo a Apple uma das tecnológicas mais preocupadas com a privacidade dos seus utilizadores, assim que o caso veio a público, pouco tardou a mudar a sua conduta. Isto é, acabando por remover o fator humano do programa de melhoria da Siri. Aliás, um exemplo que está a ser seguido, pelo menos em parte, pelas demais.

Agora, de acordo com o Irish Examinera gigante norte-americana colocava sérias metas aos seus colaboradores. Algo que nos ajuda a compreender a dimensão de um fenómeno já conhecido, no seu teor, mas não na sua prática. É, portanto, aqui que estes números nos permitem começar a entender este processo.

Em cada jornada de trabalho, cada colaborador da Apple, ouvia cerca de 1000 gravações da Siri. O relato foi avançado por um antigo trabalhador, em declarações à fonte supracitada. Assim, ficamos finalmente a saber o que era esperado de cada um que fornecia os seus serviços à tecnológica norte-americana.

A Apple já colocou um ponto final à prática

As declarações foram feitas por um antigo colaborador cujo contrato foi cessado há poucas semanas. Uma consequência direta do reajuste da política de tratamento de dados por parte da Apple. Veja-se ainda que em julho último o The Guardian viria expor esta prática bem como as suas vicissitudes e potenciais problemáticas.

Em causa estavam, sobretudo, as gravações feitas por engano. Instâncias em que a assistente virtual, por algum motivo, era ativada sem o utilizador saber e acabaria por registar a conversa. Algo que resultou em colaboradores humanos a ouvir conversas sensíveis, algumas captadas por lapso pela Siri.

O relato de julho apontava ainda que os colaboradores ouviam vários detalhes íntimos. Aqui versando desde informações médicas até confissões íntimas, às mais variadas conversas. A prática foi, entretanto, terminada pela empresa após o caso ter recebido atenção mundial.

A transcrição de conversas e gravações

Foi ainda avançado que a Apple cessou a sua relação com várias empresas prestadoras de serviço. Algo que resultaria em vagas de contratos a serem terminados algo abruptamente. Foi também a partir daqui que começaram a surgir relatos como o que avançou a publicação irlandesa.

Os layoffs foram causados pelo fim do interesse da Apple neste processamento de dados. Mais concretamente, a análise de gravações e conversas, bem como a sua transcrição. Algo que será gradualmente substituído por mecanismos automáticos para melhoria gradual da assistente virtual, Siri.

Ainda assim, não deixa de ser interessante saber como funcionava esta indústria. Em jornadas de trabalho de 8 horas, os colaboradores deviam ouvir cerca de 1000 trechos de áudio. Portanto, tinham cerca de 2 gravações para analisar em cada minuto, isto num turno normal de 8 horas.

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