A guerra entre a Apple e a Qualcomm tem estado a crescer e a ganhar contornos muito maiores do que o esperado. A fabricante de chips já conseguiu garantir duas decisões favoráveis em dois países, mas parece não querer ficar por aí.
Com a decisão tomada na China a não ser respeitada pela Apple, a Qualcomm quer agora uma mudança. Segundo a lei chinesa, a empresa pode tomar algumas medidas e está a ponderar seriamente se não as vai mesmo tomar.
A decisão do tribunal chinês declarou a proibição de venda de alguns modelos mais antigos do iPhone, à luz dos processos que decorrem entre a Apple e a Qualcomm. Tudo está centrado na suposta violação de patentes, algo que ainda falta provar.
Mas a empresa de Cupertino entendeu que com uma simples atualização do iOS conseguia contornar o problema, tendo por isso lançado a correção e aplicado a mesma nos equipamentos disponíveis.
Agora tudo pode mudar, com a Qualcomm a exigir que os representantes da Apple na China sejam alvo de sanções, sendo estas aplicadas aos advogados da empresa ou outros representantes que estejam no país e poderá ser decidida muito brevemente.
Esta possibilidade está prevista na lei chinesa, no artigo 111, parágrafo 6 do código civil chinês, podendo os representantes ser multados, presos ou impedidos de sair do país, caso não respeitem uma decisão do tribunal.
É esta medida que os advogados da Qualcomm querem agora aplicar, para castigar a Apple por não ter parado a venda do iPhone na China, tendo apenas lançado o iOS 12.1.2 e assim, supostamente, resolvendo o problema.
Caso esta medida avance, a Qualcomm entrará numa nova posição neste processo, tentando forçar de qualquer forma o bloqueio de venda do iPhone. Este comportamento não deverá acontecer na Alemanha, onde a mesma decisão existe, mas que aparentemente foi acatada.