A morte e tudo o que gira à sua volta é um grande negócio. E não falamos apenas na parte do comércio legal. Os roubos nos cemitérios são um problema global e há muito dinheiro envolvido, como vamos ver neste caso onde a polícia precisou da ajuda do AirTag da Apple para arruinar um esquema de roubo de sepulturas. Várias dezenas de milhares de dólares “para o buraco”!
Estes pequenos dispositivos localizadores da Apple estão a ganhar muita fala pelos seus serviços de localização de objetos perdidos ou roubados. Os utilizadores colocam-nos nas malas de viagem, nos carros, nos animais de estimação, dentro de encomendas que enviam pelos correios, e em inúmeras outras formas de localizar e seguir o item da partida até ao destino.
Além disso, os AirTags podem também ajudam a polícia. Já vimos vários casos, de apreensão de droga até mesmo a casos mais complicados, como seguir um camião carregado de dinheiro assaltado. Também podem ser um meio para percebermos como são feitos alguns esquemas que levam um selo de solidariedade, mas, no fundo, não passam de assaltos e trapaças.
Hoje, mostramos mais um, mas com o mobiliário da casa do além.
AirTags dão cabo de esquema de roubo de sepulturas
Os AirTags podem ser de grande ajuda não só em vida, mas também depois dela. Segundo informações, o localizador sem fios da Apple ajudou as autoridades norte-americanas a localizar e a prender aqueles que parecem ser os campeões do Texas no roubo de sepulturas do Texas, se é que tal modalidade existe.
Um texano viu a campa do seu tio ser roubada demasiadas vezes e decidiu finalmente tomar medidas. Montou uma armadilha para os malvados ladrões. Em vez de preparar uma emboscada e arriscar ser um novo inquilino das sepulturas, o homem limitou-se a colocar um AirTag no vaso de bronze do memorial, objeto que os ladrões de sepulturas normalmente visavam.
Quando o roubo seguinte ocorreu, o sobrinho do defunto entrou em contacto com as autoridades locais e forneceu os dados do AirTag. Depois de uma viagem de 45 minutos até um local próximo, a polícia prendeu os suspeitos, que se acredita serem responsáveis não só pelo roubo repetido deste ornamento em particular, mas também por um total de 102 vasos de bronze de túmulos nos últimos dois meses.
O que é que se faz com 102 vasos funerários?
Uma vez que os vasos de bronze para sepulturas são feitos de bronze, são valiosos aos olhos dos criminosos, que normalmente os vendem aos sucateiros. Embora o preço de venda de um vaso roubado possa variar, o chefe da polícia local, James Fitch, diz que os ladrões podem conseguir cerca de 600 dólares por cada vaso. Feitas as contas, com um total de 102 vasos roubados, os larápios já tinham encaixado cerca de 62 mil dólares (57 mil euros).
Em Portugal, este tipo de roubo também é comum. Praticamente todos os meses há notícias de pessoas que se queixam de roubos do que têm exposto nos cemitérios.
Há inclusive algumas localidades que estão já ou a usar câmaras de videovigilância, ou a ponderar colocar. Provavelmente um AirTag também não será má ideia!