Análise: Ebike ENGWE Engine Pro 2.0
Os fabricantes de bicicletas elétricas continuam a oferecer uma grande variedade de modelos, sendo cada vez mais comum encontrar componentes de grande qualidade em Ebikes que acabam por se tornar muito económicas. Hoje fazemos uma estreia com o fabricante ENGWE, apresentando a análise à novíssima Ebike ENGWE Engine Pro 2.0, ainda em pré-venda.
Atualmente, uma Ebike vistosa, robusta e segura já não é sinónimo de ser cara. Muito pelo contrário, com um preço aceitável, ou que pelo menos se possa considerar justo, já inclui muita tecnologia, robustez e conforto, para que se possa adequar à generalidade dos propósitos de utilização.
A ENGWE referiu-nos a popularidade que estão a ter as Ebikes de pneu "gordo", ou fat-tyre, principalmente por serem adequadas a qualquer tipo de piso, muito robustas, seguras, confortáveis e fáceis de conduzir. Sugeriu-nos então a Engine Pro 2.0 para análise, que acabou de chegar ao mercado.
Características da ENGWE Engine Pro 2.0
A Engine Pro 2.0 tem uma estrutura dobrável em liga de alumínio, com roda 20" e grossura de 4". Tem uma bateria 16 Ah (52 V), demorando cerca de 5h30 a carregar na totalidade. O motor tem um binário de 75 Nm e, com a referida bateria, segundo a informação do fabricante, consegue uma autonomia de até 110 km (PAS 1).
Tem suspensão integral, conseguindo reduzir os balanços em até 87%. Concretamente, tem suspensão frontal, que permite ajustar o pre-load de acordo com o utilizador, e permite também bloquear a suspensão; e tem suspensão no quadro com um amortecedor Hot HLT-100.
A velocidade máxima legal, já sabemos, está fixada nos 25 km/h, que pode ser atingida com o apoio máximo PAS 5. Mas, se o utilizador assim pretender (fora da via pública, claro!!), é possível ir até cerca de 45 km/h, utilizando um procedimento secreto para fazer esse desbloqueio.
Para condução, o utilizador tem à sua disposição o modo híbrido (apoiado pelo motor enquanto pedala) com 5 níveis e o modo normal (só pedal). Tem ainda um sistema de transmissão Shimano de 8 velocidades.
O apoio elétrico é controlado por um sensor de binário colocado no eixo da pedaleira.
Ao centro do guiador encontra-se um ecrã LCD de alto brilho, onde poderá ter acesso a informações como nível de carga da bateria, velocidade instantânea e máxima, quilómetros percorridos, indicador de faróis ligados e modo de apoio elétrico selecionado. Com a ajuda de um pequeno seletor, de 4 botões, poderá fazer a navegação por todas as opções disponíveis.
Os travões são de disco, atuados por um sistema hidráulico. Tem um suporte traseiro, que permite acondicionar até um máximo de 25 kg, e a bateria tem uma ignição, acionada por chave. O selim é ajustável e ligeiramente amortecido.
Esta Ebike é pesada, ascendendo a 31,6kg, o que também a torna com uma condução mais estável e robusta. É ajustável tanto na altura do selim quanto do guiador e, além disso, é dobrável em 2 pontos: quadro e guiador.
Falta ainda referir o tipo de punhos que são incluídos, com uma aba de borracha que ajuda a descansar o punho para deslocações longas.
Tem ainda um farol dianteiro e um farol traseiro para stop e luz de presença (atuada com o farol frontal), acionadas de forma independente.
Em termos de montagem para a primeira utilização, o processo é um pouco moroso, mas muito bem explicado no manual e simples de executar. Traz uma caixa com acessórios, onde se encontram os pedais, as chaves, uma ferramenta multifuncional, o manual e o carregador.
Um design a que nos estamos a habituar
A verdade é que não estamos habituados a ver bicicletas com pneus "gordos" e isso poderá retrair um pouco a aceitação deste formato. É uma questão de hábito, mas o primeiro impacto desperta curiosidade, principalmente para perceber a razão, ou o objetivo, de uns pneus tão largos numa bicicleta deste tipo. No fim de experimentar, a opinião muda. É verdade, aconteceu a quem experimentou à minha frente.
Como já referido, os pneus "gordos" (chamados literalmente "fat-tires") ajudam a tornar a condução mais agradável e permite circular com maior segurança em pisos mais desafiantes, como é o caso da neve, terra ou areia.
A bateria é removível, embora não de forma tão prática como em alguns modelos que já experimentámos. Será então necessário dobrar e Ebike e destrancar a bateria utilizando a chave, podendo assim ser removida e carregada convenientemente no interior de casa, sem a necessidade de levar a bicicleta para junto de uma tomada.
No que respeita à possibilidade de dobrar esta Ebike, é sempre uma vantagem para transprotar no carro, mas não é, de todo, prático fazê-lo. Como estamos a falar de uma dobra a meio do quadro, a dobradiça é muito justa (para previnir o aparecimento de folgas) e não é fácil movê-la. Além disso, o peso da bicicleta não simplifica o processo mas, em todo o caso, esta possibilidade é um ponto positivo. Os pedais também retraem e torna mais simples o transporte em posição lateral.
Diria que será sempre um modo de utilização de último recurso, para usar esporadicamente.
Modo de funcionamento do sistema elétrico
Ignição ligada, toque longo no botão Power, uns toques no botão "+" para escolher o modo de apoio que pretende, e toca a pedalar. Com a ajuda do sensor de binário, existente na pedaleira, o apoio elétrico é proporcional à força aplicada no pedal, o que torna a utilização mais realista, segura e, acima de tudo, confortável.
Por questões de segurança, cada uma das manetes de travão tem um sensor, que desativa imediatamente o apoio do motor no caso de acionamento de um travão, mesmo que ligeiro.
Depois... o acelerador, não é bem um acelerador! Embora dê para configurar como tal (nas configurações avançadas do controlador), o propósito é para empurrar a bicicleta quando é levada à mão, não sendo assim necessário empurrá-la. Esse acelerador pode também ser útil para ajudar no arranque da marcha, de modo a dar um "empurrãozinho" no momento da primeira pedalada, para começar a ganhar equilíbrio. O efeito é muito interessante e útil para quem está menos habituado a pedalar.
Em termos de conforto na pedalada, principalmente devido à existência do sensor de binário, o arranque é agradável e, embora não imediato, não tem um atraso exagerado. No entanto, quando a pedalada é interrompida, o apoio do motor demora mais tempo a desativar do que aquele que esperaria, o que inicialmente causa uma sensação estranha. Diria que não é perigoso, porque um simples toque no travão desativa-o de imediato, mas pode exigir um pouco de habituação.
Veredicto
A Ebike ENGWE Engine Pro 2.0 demonstra a intenção de marcar a diferença face à concorrência, principalmente por trazer características de gama superior que ainda não são muito habituais de encontrar nestas Ebikes. Nomeadamente, refiro-me à travagem hidráulica, sensor de binário e amortecimento integral.
À parte dos gostos no design, embora os pneus "gordos" possam ser inimigos da eficiência e gerar maior inércia, não comprometem de forma alguma a capacidade elétrica da bicicleta. São adequados a terrenos mais irregulares, e isso é um ponto positivo.
O suporte traseiro aproveita o espaço na parte superior da roda traseira, o que pode ser útil para transportar alguma carga. A bateria é removível, por meio de um processo simples e seguro (para evitar o roubo). A interface de utilização é simples e intuitiva.
Quanto à autonomia, embora não tenha conseguido atingir em tempo útil os 100 km percorridos, ainda está na primeira carga e foi utilizada maioritariamente no apoio máximo (PAS 5). Com o hábito de utilização que levo, chegará, seguramente, a 70 km. Mas note-se que tudo isto é relativo, depende largamente do espaço onde é usada, do peso do utilizador, do modo de apoio elétrico, entre outros.
Por fim, relativamente à qualidade de construção em geral e acabamentos, é notória a atenção ao pormenor. Desde os guarda-lamas com a gravação da marca, até a vários locais no quado com essa indicação, é revelador que se trata de um fabricante com brio, que pretende demonstrar claramente a sua classe. Todos os materiais aparentam ter grande robustez e, no que já veio montado de fábrica, tudo veio devidamente afinado.
Preço e disponibilidade
A nova Ebike ENGWE Engine Pro 2.0 está disponível nas cores preto (space black), verde (mountain green) ou azul (midnight blue), por um preço de 1399,00 € (IVA incluído), utilizando o código de desconto ENGWEV100OFF. O envio é gratuito e feito a partir da Europa.
Veja ainda outras promoções a decorrer em todo o site. Tem à sua disposição os seguintes códigos de desconto exclusivos:
- 200€ em modelos acima de 2000€: ENGWEV200OFF
- 150€ em modelos acima de 1500€: ENGWEV150OFF
- 100€ em modelos acima de 999€: ENGWEV100OFF
- 50€ em modelos abaixo de 999€: ENGWEV50OFF
O Pplware agradece à ENGWE a cedência da Ebike ENGWE Engine Pro 2.0 para análise.
Daqui a 1 ano ou 2 quando a bateria avariar, que é comum nestas chinesices, depois ficam com um mono para ocupar espaço.
O mais seguro é optar por uma com bateria de modelo estandardizado, tais como aquelas que são aparafusadas ao quadro no local que existe para colocar garrafa de água. Essas baterias encontram-se facilmente à venda.
Tenho uma chinesa dobrável com 3 anos e mais de 2500 KMS. A bateria ainda tem mais de 80%. Quando estiver no casco é só abrir e substituir as células em pior estado.
Cuidado, a não ser que se seja especialista, é muito arriscado reparar essas baterias, perigo de incêndio e explosão!
Então e quando o BMS entrar em curto-circuito? Liga o carregador e o mesmo desliga por proteção. É que isso acontece com bastante frequência nas baterias chinesas.
JL, o que dizes?
Arrange-me uma para dar uma volta e depois dou-lhe a minha opinião.
Não devia porque você não quer ?
Desculpe, não pertenço a um rebanho onde um fala e todos obedecem.
comprei uma ha 7 meses para a minha mulher, mas era um pouco grande demais para ela, e por isso decidi devolver e receber o dinheiro de volta.. entao.. a devolucao do dinheiro demorou 6 meses!! descontaram 200eur de portes, da Holanda para.a Polonia, e da Polonia para Hong Kong. nao sei quem e o distribuidor em Portugal, mas aqui nao correu como esperado.. no final recebi parte do dinheiro, mas chegou uma altura que achava que tinha ficado sem o dinheiro todo.. o material parecia muito robusto, mas nao tive oportunidade de a experimentar.
Seria muito útil referirem que quer o acelerador activo, quer a potência do motor superior a 250w não são permitidos, pois só abordam a velocidade. Sendo que no tema da potência do motor sendo superior a 250w obriga a registo e seguro…
Se a raiva dos sem vergonhas do lobby automóvel fosse lei todas as bikes já tinham sido proibidas.
É fácil comentar online e demonstrar que se tem muito conhecimento, fica aquela satisfação de superioridade, de que se é mais esperto que os outros, principalmente porque não há o retorno imediato quando se diz uma bacorada. É um sentimento tremendamente enganador.
Depois é importante estar atento e não assumir que algo aprendido há uns anos, continua a ser verdade.
Como estamos aqui para ajudar e partilhar conhecimento, eu esclareço os 2 pontos referidos:
– no texto está esclarecido que o acelerador ativo serve apenas para ajudar a andar a pé com a ebike pela mão, ou para dar um pequeno impulso de arranque. Não tem força suficiente nem atinge velocidade para poder ser usado em condução.
– desde 2020 que o Art. 112º do código da estrada, no ponto 2, refere que “velocípede com motor é o velocípede equipado com motor auxiliar com potência máxima contínua de 1,0 kW”
Até há pouco tempo a potência nominal máxima permitida em Portugal era de 0,25KW. Isto decorria de uma normativa europeia. Mas recentemente, não sei porquê, a potência nominal máxima passou para 1,0 kW (nº 2 do Artigo 112.º do código da estrada). Mas todos os dias há milhares de bicicletas/scooters elétricas a circular nas cidades, vilas e aldeias deste país, de forma visivelmente ilegal (muitas atingem velocidades de + de 40km/h), e parece que a polícia não liga nenhuma (ao contrário de outros países europeus)