IPv6 – The new Generation
Já pensou se um dia destes ao tentar aceder à Internet, recebesse a seguinte mensagem: “Internet indisponível de momento, espere pela sua vez!”. Bem, é claro que isto nunca vai acontecer pois os mecanismos de tradução de endereços (NAT) continuam a fazer milagres, mas no entanto têm associados problemas de segurança. E quando o frigorífico, o micro-ondas, o fogão lá de casa também precisaram de um endereço IP?
O IPv6 é a nova versão do protocolo IP, e foi desenvolvido para suceder à actual versão (o IPv4). O que motivou o desenvolvimento desta nova versão foi a aproximação da exaustão do espaço de endereçamento e a necessidade de resolver algumas das limitações do IPv4, nomeadamente no que toca a segurança e mobilidade, e simplificar algumas das funcionalidades do protocolo IPv4. O numero de máquinas que o IPv6 suporta são: 2^128 = 340.282.366.920.938.463.374.607.431.768.211.456. Isto significa que são aproximadamente 6.67 * 10^27 endereços IPv6 por metro quadrado no nosso planeta e que não precisamos de nos preocupar com a questão de falta de endereços nos próximos (muitos) anos.
O Windows Vista já permite uma fácil configuração do IPv6. Endereço IPv4: 192.168.10.10 Endereço IPv6: 3ffe:6a88:85a3:08d3:1319:8a2e:0370:7344
Autor: Pedro Pinto Documentação (projectos) em Português: Fccn.pt/ipv6/ Verifique se o seu IP é v4 ou v6: Singnet | Kame
Este artigo tem mais de um ano
E o que vai acontecer ao meu router wireless? Deixa de funcionar?
@Gonçalo, a implementação do IPv6 ainda deve demorar uns 8 anos (no mínimo) até ser implementada completamente na Ethernet e Internet e atingir nós, usuários. Isso porque várias camadas do protocolo estão ainda sendo revisadas pela RFC. Fiz um trabalho acadêmico sobre o IPv6 e aprendi que a quantidade de camadas do protocolo aumentou em relação ao IPv4, mas em compensão elas ficaram mais inteligentes e estão tratando os pacotes com mais rapidez e eficácia. Quanto aos equipamentos de rede, estes também poderão sofrer adaptações, mas atualmente já existe routers inteligentes que conseguem interligar redes IPv4 x IPv6.
Não….
Isto é como as Matriculas, á 2 anos eram números-letras-números, agora é letras – números – números!
Quando chega ao limite á que criar mais endereços disponíveis.
O teu Router continuará a trabalhar e com um update de firmware poderá mesmo suportar este novo protocolo.
A chatice é que agora o pessoal para adicionar um IP não o vai conseguir decorar, só a porrada de letras e números, ai jasus!
CUMPS
Viva Gonçalo
Actualmente já existem alguns mecanismos que permitem a coexistência(/transição) de protocolos (v4 e v6). O mais simples, designado de Dual-Stack que consiste basicamente teres as duas versões do protocolo IP instaladas na mesma máquina. O Windows Vista já permite isso facilmente.. No entanto, quando o IPv4 deixar de ser usado (que certemente ainda levará algum tempo), o teu router já estará obsoleto…coisas da informática 🙂
Um abraço
Pedro Pinto
Pedro tenho que te dar os parabéns pela coragem de colocares algo sobre IPv6. No entanto acredito vivamente que o Ipv6 ao contrário do que o Gonçalo diz estará nas nossas maquinas muito em breve. Sim porque não é só o Vista que permite o IPv6, pois o Fedora 6 já traz algo para IPv6.
Agora e por aquilo que sei só falta as entidades “Maioritárias” economicamente, se entenderem para este projecto começar a ser algo existente nas nossas maquinas. Pois como se sabe já existe este serviço implementado em servidores por exemplo no IPG.
Agora para responder ao dc tu não precisas de decorar nada pois tu vais ter direito a pelo menos um ip, sem este mudar…tem calma… 🙂 Pelo menos é a intenção das pessoas que criaram.
Um abraço
Helder Oliveira
digam lá que o míudito até tá porreiro!!!
LOL!! 🙂
Olá malta …
Só para dizer que o IPV6 faz o mesmo que fez os CTT em Portugal, passou os códigos postais de 4540 para 4540-000 4540-003 etc.
Para por isso os protocolos existentes acho que nunca vão deixar de funcionar.
Se assim fosse as disketes já tinham acabado!!!
Meus caros,
Já agora, o link sobre Documentação (projectos) em Português está “esquisito 🙂 ” aqui vai ele: http://www.fccn.pt/ipv6 – Task Force Portuguesa
Aqui vão mais uns links:
IPv6.org – http://www.ipv6.org/
RNP – http://www.rnp.br/ipv6/
IPv6 Task Force – http://www.ipv6.eu/
Cumps
Pedro Pinto
Acompanhei todo este trabalho do Pedro Pinto, meu irmão, acerca do IPv6, cujo pequeno resumo vocês estão a visualizar neste post.
Aquilo que sei sobre o IPv6 é mesmo o básico… e o que posso dizer é que, no meu ponto de vista, acredito que todo este trabalho “teórico”, entre na prática muito rapidamente.
Mesmo que as pessoas não acreditem, só têm que se questionar… “é possível…?” pois como ouvi uma vez… os factos não deixam margens para dúvidas 🙂
Maninho, és o meu herói :*
Também concordo que muito brevemente o IPV6 estará na sua plenitude e o melhor argumento não é os que li aqui nestes comentários, mas sim O Vista já permitir uma facil configuração, pois como se sabe a Microsoft não costuma brincar em serviço, longe vai o tempo em que o “Tio Bill” não apostava muito na internet.
Bem Haja
Carlos
E o problema do atraso da ligação devido ao facto de haver uma constante encriptação/desencriptação de pacotes?
E de imaginar que no japão o uso do IPV6 é uma coisa do dia a dia já a uns tempos…
Ui. Ao ler os diversos comentarios, vejo que ainda subsiste muita mistificacao em torno do IPv6.
1- A utilizacao no Japao nao e’ assim tao significativa.
2- O IPv6 existe em ambiente de producao em diversas redes academicas. A nivel comercial ha alguns ISPs, nomeadamente grandes carriers que ja teem tambem essa opcao no seu portfolio.
3- Em Portugal apenas a RCTS e a NFSi tratam o IPv6 como “producao”. No ano passado, a via.networks, agora clara.net emitiu um press release, mas nao tenho conhecimento de que tenha quaisquer clientes a usar IPv6 (por enquanto).
4- O principal problema para a implantacao do IPv6 sao 2, e nao e’ decerto o hardware:
a) a mentalidade das pessoas, que gostam muito pouco da mudanca, mesmo que esta seja para melhor!
b) a quantidade de APIs IPv4-exclusive que existem a nivel aplicacional. aplicacoes feitas com enderecos de 32 bits hardcoded, em vez de usar a API correcta que usa IPv6 quando esse tipo de conectividade existe.
5- A nivel ethernet, nao ha nada a standardizar em relacao ao IPv6. A nivel da ethernet, a interligacao de redes (pela extensao do border gateway protocol) foi onde o desenvolvimento do IPv6 comecou, e surpreendentemente um dos co-autores foi portugues! um dos 3 tugas que alguma vez foram co-autores de um RFC (pedro roque, os outros dois sao o joao damas e o artur romao).
Acredito que isso ainda demore um pouco para entrar em ação…
Mas concerteza isso é necessário pois realmente vai chegar um ponto que não haverá mais números de IPs suficientes para todos, por isso é bom pensar nisso agora!
Mas a fórmula do IPv6 ficou bem louca… Tudo que estou aprendendo e que aprendi irá mudar radicalmente! huahuahuahuhauh
LOL agoro ouvir falar em IPv6 é bom sinal 🙂
e ainda bem que veio cá o General @Carlos Friacas, explicar à gente alguns conceitos e curiosidades sempre interessantes!!!
Ora bem IPv6.. digamos que toda o meu projecto de 5º ano foi à volta desse excelentissimo protocolo.. e que dores de cabeça me deu… 😛
Agora com outra tese a meu cargo o IPv6 tb está presente..
Isto tudo para dizer o quê… o IPv6 é sem dúvida (IMHO) uma tecnologia que há de vir para ficar, contudo enquanto não existir alguém que encontre um modelo de negócio (isto é muito guito…) à volta do IPv6, continuaremos a brincar à investigação com o tema :)..
mas valeu a iniciativa.. IPv6 forever 😛
Os ISP podiam ter um papel mais forte e começar a dar IPv6 a alguns clientes de ADSL/cabo.
Quando um ISP tipo PT ou Novis fizer uns testes e ficar tudo a funcionar, vai ser uma questão de tempo pois grande parte das aplicações já suporta e as que não suportarem vão ser obrigadas a mudar.
Só falta o primeiro passo. 🙂
O IPv6 já está a ser implementado. Os domínios de topo de .PT já suportam configurações IPv6. Quer queiram quer não os “usuários” (utilizadores em português) vão ser “afectados” sempre que existirem servidores com IP’s desta gama com domínios a apontar para eles. e já começa a ser adoptado basta ler o link fornecido.
O Pedro é exemplo de quem quer explorar ao máximo este tipo de “(r)evolução” e é a pessoa ideal para um dia destes nos falar mais a fundo sobre as experiencias dele neste campo.
Um abraço 😉
Pinha
Acho que o IPv6 não será uma realidade até que a sua necessidade seja extrema. A sua implementação irá começar não nos computadores mas nos telemóveis, devido aos custos da introdução de componentes que suportem IPv6 muitos teram que repensar toda uma rede sendo que para esses casos muitos continuem com o uso da NAT/Firewall.
O suporte para IPv6 já existem à muito em GNU/Linux no entanto é aconselhavel desligar dado a sua inutilidade no plano actual no mundo das redes sendo não mais que recursos gajos e uma porta de entrada normalmente esquecida pelas firewalls. Não será o vista a trazer o IPv6 pois ele já aí anda à muito tempo, falta é “querer” ($$$) mudar.
Entretanto o melhor que podemos fazer é estudar as suas novas funcionalidades indo depois alargando as redes de teste para projectos piloto que formaram com tempo uma rede pensada e experiência.
Não posso dizer que seja um grande conhecedor do mundo do ipv6, e o meu contacto com a tecnologia foi algo restrita. Só posso dizer que é uma tecnologia que está aí sem grandes hipoteses de lhe fugir. O ipv4 mais dia menos dia vai esgotar todas as suas gamas e depois resta apenas a mudanças. Acho que infelizmente é muito tipico do ser humano isso, só quando não ha mais nada a fazer é que mudamos. Ex: Energias renováveis, ipv6, etc…
Quanto a isso do Bill não andar a dormir quanto ao ipv6. Digamos que o linux já suporta isso à muito. Venha o vista…. venha o ipv6…
Caro Pedro,
Gostaria de parabenizá-lo pelo artigo e também aproveitar para tirar uma dúvida com relação ao IPv6.
Estou tentando compartilhar a internet do meu computador (OS: windows vista), com mais dois (OS: windows xp e windows vista) utilizando duas placas de rede, entretanto qdo fui configurar TCP/IP me deparei com IPv6 e IPv4, como não tinha conhecimento do IPv6 (até o presente momento) deixei a configuração como estava, e no IPv4 configurei para o endereço de IP 192.168.0.1, máscara 255.255.255.0 e nos outros campos deixei em branco. A dúvida é a seguinte, é preciso também configurar o IPv6, pois mantendo a configuração como está a internet nos outros computadores não funciona, caso sim como proceder.
Desde agradeço pela atenção e peço desculpas se nesse espaço não é voltado para tirar dúvidas e sim apenas comentários.
Grato
Nilson
olá,
Vc sabe me dizer onde encontro um software para teste com o Ipv6, sendo que estou montando uma pequena rede com dois hosts para testes de trafego sobre o protocolo ipv6.
obrigado,
fernando
“os mecanismos de tradução de endereços (NAT) continuam a fazer milagres, mas no entanto têm associados problemas de segurança”
Exemplos?