“Olá pai, Olá mãe”: 9 arguidos foram condenados
De acordo com o despacho de acusação do Ministério Público, as burlas, tentadas e consumadas, atingiram o valor global de 109.235,60 euros, lesando 41 pessoas. Sete homens e duas sociedades foram condenados recentes no Tribunal Judicial de Leiria.
Segundo o despacho de acusação do MP, os arguidos, com idades entre 22 e 68 anos, residiam na Grande Lisboa, e as burlas, tentadas e consumadas, atingiram um valor superior a cem mil euros. Sete homens e duas sociedades foram condenados.
Na leitura do acórdão, a juíza-presidente explicou que dos três arguidos principais "o único que fazia modo de vida" desta atividade era o detido e alertou que "estão a proliferar por aí muitos 'olá pais, olá mães'.
Segundo a magistrada judicial, entre os lesados, "havia médicos, professores universitários, pessoas com um grau de cultura acima da média, mas, quando toca a filhos, [os arguidos] tocaram num foco muito sensível".
Fenómeno “Olá Pai/Olá mãe”... como funciona
O modus operandi comummente denominado “Olá Mãe/Olá Pai”, traduz-se num esquema fraudulento onde os agentes do crime contactam as vítimas, através da aplicação WhatsApp, fazendo-se passar ardilosamente pelo(a) filho(a) ou familiar próximo das mesmas, ainda que através de um novo número de telefone (com a referência de que o telefone/cartão se avariou), usando (por ser fácil de obter nas redes sociais) fotos de perfil desse filho(a)/familiar.
De seguida, com a justificação de que não conseguem aceder à aplicação de home banking e por qualquer necessidade (ex. pagamento urgente) solicitam a realização de uma, ou várias, transferências bancárias e/ou pagamentos por entidade valores remetidos para “Money Mules” que aderiram ao plano criminoso, tendo por missão receber e dissipar fundos.
Através do ardil criado (aproveitando-se da preocupação/genuíno desejo dos pais em ajudar os filhos ou familiares) levam os lesados a praticar atos que lhes causam, por vezes, avultados prejuízos patrimoniais.
Conselhos da PJ...
- 1. Não tenha como certo que uma qualquer mensagem recebida foi enviada pelo filho/a ou familiar, mesmo que o perfil tenha a sua fotografia.
- 2. Contacte o seu filho/a ou familiar por “VOZ” (número que têm registado) antes de fornecer informações ou efetuar qualquer pagamento;
- 3. Caso não consiga contactar filho/a ou familiar não entre em pânico nem perca o discernimento. Certamente que um pagamento atrasado ou uma complicação financeira não tem de ser resolvida “na hora”;
- 4. Se estiver confiante pode colocar questões ao “interlocutor” que só o seu filho/a ou familiar sabe; caso tente ligar verá que não atendem (por a voz não ser igual) com uma qualquer justificação posterior (por mensagem);
- 5. Nunca efetue transferências para contas desconhecidas ou pagamentos para entidades indicados por “terceiros” que não certificou a identidade, conhece ou confia.
- 6. Em caso de dúvida e antes de tomar qualquer iniciativa procure apoio/aconselhamento ligando para o Piquete da Polícia Judiciária.





















Comecem por prender quem tem acesso indevido aos sistemas da segurança social entre outros… há alguns “espetinhos” que estão envolvidos nestes esquemas e tem acessos privilegiados a muita informação.
So quem sabe , sabe um deles até já foi apanhado e era português. 🙂 Mas há mais uns…
Penas suspensas…
Claro! Em Portugal não querem ninguém na prisão; ou não vão ou se vão deixam-nos fugir.
e o dinheiro das burlas vai ser devolvido?
Boa pergunta! E Adiciono: Boa pergunta! O Médico foi lhe tirada a licença para exercer e o Professor impedido de leccionar?
O médico e professor foram vítimas…
Obrigado pela correção, lamentavelmente li na diagonal!
Vai, vai! É como aqueles que desfalcam bancos ou o Estado; basta dizer que estão arrependidos.
Roubem os ricos para eles provarem do seu próprio veneno, de resto não chateiem o povo!
Não sabia que estava a fazer uma fraude”: arguido em caso de burlas “olá pai, olá mãe” tenta desculpar-se em tribunal….
Ainda goza com o tribunal.
O outro também anda todos os dias na televisão a dizer que a juíza é maluca. Enquanto não forem todos cantar para trás das grades como o canário não vamos lá.
Ai agora virem de lá os tios e os primos….
Justiça frouxa Chega!
O triste disto é o indivíduo de classe média que, além de ser quem paga os impostos e subsídios, se fizer algo de errado caem-lhe bem em cima. Se for um que goza de subsídios, é pena suspensa e a gozar com todos. E o MP e julgamento foram gratuitos porque não têm fundos…
Um conhecido foi invadido em casa, teve danos e ainda teve que dormir em familiares, no final do julgamento o “desgraçado” que vive de subsídios não pagou nada, nem advogados nem custos nem danos porque a justiça entende que são desfavorecidos e ainda saiu a dizer que já iria procurar o próximo.
Maravilha de sistema… não sei porque paso impostos… ah é para manter os pobres e os ricos.
Aposto que as penas foram cinco anos de trabalhos forçados a apanhar morangos.
Não? Epá, temos uma justiça que funciona tão bem quando se trata de atazanar pessoas de bem que quando apanha criminosos não sabe o que lhes fazer.
Todos nós sabemos o que significa um Estado que não oferece segurança às populações e as pessoas não se identificam com ele, um estado falhado.
É isso o que somos.
Uma vergonha…
Nojo.
Subescrevo o que dizes.
Portugal enfrenta uma crise de falta de competências no estado, muito, muito grande.
Há também uma falta de valores tremenda, nem sequer vemos sentido de estado e zelo.
Um País onde o estado não regulamenta os mercados, ou seja, não existe.
Se não existe, não faz falta.
Era muito importante os Portugueses terem acesso, as nacionalidades dos criminosos.
É que o Português tem direito a saber de onde vieram essas pessoas, para também se puderem proteer parcialmente.
Essa ideia de se saber a nacionalidade só serve para alimentar preconceitos
Diz-me, sinceramente, que efeitos práticos tem saber se foi um espanhol, brasileiro, chinês ou português?
+1
então não é que durante a ultima semana, tivemos um tipo nos tribunais a difamar juizes e jornalistas, este tipo parece que veio da Covilhã, portanto para esta “gentinha” os covilhanenses são todos corruptos.
Não, Portugal não enfrenta uma crise de falta de competência no estado. Enfrenta uma crise de falta de competência no geral, na qual temos de incluir TODOS, desde o ministro ao tipo do talho, à funcionária do supermercado, ou ao mecânico automóvel. Os governantes são tão bons ou tão maus como os restantes Portugueses. E a culpa disso não é dos estrangeiros.
Pode o estado fazer melhor? Claro que pode, mas também é preciso que a restante sociedade também faça um pouquinho melhor.
Eu já recebi mensagens como essas, só que os hackers fizeram uma asneira.
Primeiro, não sou casado e segundo, nem tenho filhos. XD
Metade deles são brasileiros…