Meta planeia instalar um cabo submarino de fibra ótica de 40.000 km à volta do mundo
A Meta, empresa liderada por Mark Zuckerberg, está a desenvolver planos ambiciosos para instalar um cabo submarino de fibra ótica com mais de 40.000 km de extensão à volta do mundo. A ideia é trazer mais controlo e segurança para as suas plataformas.
Projeto arrojado da Meta...
Este projeto, reportado pela TechCrunch, visa reforçar a infraestrutura de conectividade da empresa, garantindo um funcionamento melhorado das suas plataformas, como o Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads. Além disso, é uma resposta às crescentes exigências de conectividade necessárias para os seus avanços na área da inteligência artificial (IA).
O percurso do cabo começará na costa leste dos Estados Unidos, passando por locais estratégicos como a África do Sul, Índia e Austrália, até atingir a costa oeste norte-americana. A Meta está a preparar-se para um investimento inicial de 2 mil milhões de dólares, embora o custo total da iniciativa deva ultrapassar os 10 mil milhões de dólares.
Embora a Meta ainda não tenha anunciado oficialmente este projeto, especula-se que poderá fazê-lo em 2025. Contudo, não existem detalhes concretos sobre o prazo necessário para a construção nem sobre a data em que o cabo poderá entrar em funcionamento.
Um dos principais benefícios de possuir um cabo submarino exclusivo seria o controlo absoluto sobre a sua operação. Atualmente, a Meta já participa em 16 redes de cabos submarinos, mas estas são geridas em conjunto com operadores de telecomunicações regionais e globais.
Ao ter um cabo exclusivamente sob o seu controlo, a Meta poderia reduzir a exposição a interferências externas e aumentar a fiabilidade e segurança dos seus serviços.
Construir um cabo submarino de fibra ótica é um desafio monumental
Há um número limitado de empresas capazes de fornecer os serviços especializados necessários para instalar estas infraestruturas, e muitas delas têm já os seus recursos comprometidos para os próximos anos.
Esta estratégia de possuir redes próprias não é inédita entre as gigantes tecnológicas. A Google, por exemplo, tem vários cabos submarinos exclusivos, incluindo o Grace Hopper, que liga os Estados Unidos ao Reino Unido e Espanha, e o Firmina, que conecta a costa leste dos EUA à Argentina. Caso o plano da Meta se concretize, o seu cabo poderá bater novos recordes de extensão, posicionando-se como o maior do mundo.
A segurança é também uma das razões-chave para a aposta numa infraestrutura própria. Eventos recentes demonstram a vulnerabilidade das redes submarinas. Por exemplo, um incidente no mar Báltico, alegadamente orquestrado pelos serviços de inteligência russos, viu um navio chinês cortar dois cabos submarinos ao arrastar a sua âncora por cerca de 170 km. Este ataque causou interrupções significativas na ligação entre Lituânia, Suécia, Alemanha e Finlândia.
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Será que ele sabe que se o cabo der a volta volta a ligar ao mesmo ponto? 😀
40.000 km, fantástico, então e qual é a capacidade projectada do mesmo?
Excelente ideia, um otimo investimento.