Discos rígidos ou SSD?
A tecnologia de Solid State Drive (SSD) começa a massificar-se, com um número crescente de fabricantes a inclui-la nos seus modelos ultra-portáteis, substituindo os tradicionais discos rígidos - maiores e mais pesados.
Embora a preços mais elevados, os notebooks com SSD fazem parte das principais novidades desde o final do ano passado, altura em que o fabrico destas drives começou a ganhar massa crítica e a procura justificou a sua comercialização a custos mais acessíveis. Ainda no mês passado a Samsung anunciou que ia massificar a produção de drives de 64 e 128 GBytes, o que pode levar a novas reduções de preços.
A capacidade de armazenamento tem também vindo a aumentar e se os primeiros modelos de notebooks com SSD estavam limitados a 64 GBytes, começam agora a chegar às lojas equipamentos com 128 GBytes, como o Toshiba Portégé R500, prometendo-se ainda para este ano drives com o dobro da capacidade, chegando aos 256 GBytes.
A concorrência faz-se já notar na redução de preços que as marcas estão a aplicar nos modelos com SSD. Inicialmente esta era uma distinção que se pagava cara, mas agora os preços são ajustados, por vezes de forma discreta, como aconteceu recentemente com o MaBook Air, da Apple.
Verifique os vários argumentos de diferenciação entre o SSD e os discos rígidos:
1 - Peso - Comparadas com os discos rígidos, mesmo os mais portáteis, são mais pequenas e leves as drives de SSD, o que as torna ideais para equipamentos de grande portabilidade. A diferença no peso final do equipamento varia consoante as marcas mas no caso do Toshiba Portégé R500 é de 200 gramas entre o modelo com drive SSD de 64 GBytes e o de disco rígido de 160 GBytes, enquanto no MacBook Air não existe diferença, dado que o disco utilizado é uma drive de 1,8 polegadas de 80 GBytes, já no limite da "elegância".
2 - Capacidade - Se este era inicialmente um "senão", a diferença começa a esbater-se. Depois dos primeiros discos de 64 GBytes, começam a aparecer no mercado modelos de 128 GBytes e prometem-se até final do ano drives de 256 GBytes, o que já ultrapassa largamente a capacidade de armazenamento disponível em disco rígido de muitos portáteis.
3 - Fiabilidade - Nesta área o argumento em favor dos SSD passa pela ausência de peças móveis, que muitas vezes são as causadoras de perdas de dados irreparáveis em discos rígidos de portáteis, sujeitos a maior "stress" do que os computadores de secretária pela movimentação e transporte.
4 - Performance - Em relação à performance não há ainda uma opinião unânime. A maior velocidade de acesso aos dados é muitas vezes apontada como uma vantagem do SSD mas alguns relatórios recentes contrariam esta crença, sobretudo quando a comparação é feita com discos de 7.200 rotações por minuto.
5 - Consumo de bateria - Apesar das notícias que têm sido divulgadas sobre o aumento do consumo de bateria provocado pelas drives SSD, este ponto também é polémico e uma análise do site Tom's Hardware garante que não passa de um hoax, assegurando que de facto há uma redução de consumo de bateria com o uso destas drives.
6 - Preço - Como já referimos antes, a inovação com a aposta na tecnologia SSD ainda se paga cara. O custo mais elevado das drives e a "novidade" justifica custos de mais algumas centenas de euros, mas a tendência é para reduzir a diferença entre os modelos de disco rígido e Solid State Drives.
Mesmo que as SSD ganhem nesta comparação, ainda estamos longe de poder decretar a morte definitiva dos discos rígidos. As duas tecnologias vão certamente coexistir durante muito tempo e provavelmente ganhar novos rivais a curto prazo...
Este artigo tem mais de um ano
SSD é uma optima solução para o novos ultra portateis, mas em termos de fiabilidade a longo prazo eu ponho as minhas duvidas… gostava de saber em longo prazo com o desgaste do calor se SSD aguenta.
Gostava também de saber, visto que é composto por chips, se são independentes, de 128 de falhar um chip de fico com menos alguns gigas ou se o disco todo simplesmente pára como os discos tradicionais.
Pfff que treta que estes gajos da tek são , SSD é já o futuro , calor reduzido em 87% comparando com uma drive tradicional ,tempo estimado antes de falha está nas melhores marcas a 30 anos velocidade sem igual, bem o tempo de acesso é incrivel já há pessoas a fazer raid 0 com 4 destes e um boot time de 6 segundos com windows vista , o unico defeito por agora é a velocidade de transferencia que ainda não satisfaz isto se usarem 1 unico porque se for 2 em raid 0 já ultrapassa o comum disco 8 mb cache 7200rpm , a cerca de preços garantovos que em daqui a 6 meses já encontram discos 120Gb por 100 euros muito melhores em velocidade de transferencia do que os que existem agora
If there is one area of computers which has lagged behind all the others it has to be the realm of storage devices. The very first hard drive was released way back in 1956 by IBM and since then not much has changed. Yes, the size has increased incrementally and so has the speed; but when compared to the rest of the computer sub components, hard drive technology has not changed all that much. Even the fastest 15000rpm SCSI hard drive on the market today still measures its speed in MB/s and random access time in milliseconds, just like they always have. Heck, if CPU’s advanced at the same glacial pace as the hard drive we would all be using 286’s and hoping the rumors of 386’s in 3 years time would be true.
When you get right down to it, a hard drive is a hard drive. You have little mechanical heads which read and write 0s and 1s unto pieces of iron impregnated unto a spinning platter. While the speed and size of the platters has changed this is about all which has. We don’t have 3 million rpm hard drives with 100GB/s burst rates and we never will. This is because the technology (no matter how refined it is) is by nature very limited and history will probably judge it as a dead end which shouldn’t have gone as far as it did.
Pergunto:
1. Já existe algum tipo de adaptação para o uso destes discos em Desktops normais? Sei que há adaptações PCI ou PCIe-1.1 que provêm novas portas SATA e SATA II (como esta: http://www.atera.com.br/dispprod.asp?COD=PCIESATA2). Se houver algo assim para o SSD (que, claro também poderia ser um mero leitor externo de cartões), penso que isto decreta o fim do HD tradicional, porque melhora a circulação de ar no gabinete, acaba com a infinidade de fios, economiza energia, aumenta a portabilidade etc;
2. Há conexões diferentes, ou todos os cartões SSD se encaixam em um único tipo de slot?;
3. Caso as 2 perguntas anteriores sejam respondidas com um “sim”, pergunto: é possível fazer uma instalação padrão do Windows, de modo a transportar o disco com o sistema para diferentes micros, ou a questão dos drivers atrapalharia estes planos? E linux?
Felipe Reis
1 – existem SSD´s para SATA … e consequentemente farao com conexões pra diversos tipos de dispositivos moveis alem dos sata e pata (ide pra notebook e desktop normal)
porem, os SSD´s estão começando, graças a eles a mem Flash está evoluindo e caindo preço a passos largos, mas ainda está começando … não é 100% seguro ou estavel ainda, como os hds tradicionais (com disco mag) … ainda vai melhorar e muito …. basta esperarem pra ver….
2 – não são “cartões SSD” são do tamanho minimo de um hd pra notebook (*1) mas devem fazer menores pra outros dispositivos portateis … se vc comprar um SSD (Sata ou PATA-ide) vc poderá usar normalmente em uma case(gaveta) externa pra hd´s … usando a usb ou mesmo a e-sata (em caso de hd e gaveta sata, e conexão e-sata na torre em questao)
3 – instalação padrao de windows pra rodar em qualquer lugar é dificil, vc pode pesquisar na net sobre um projeto emvolvendo BartPE, que cria um “windows live” pra rodar de cd ou pendrive, mas bastante limitado, não carrega o sistema FULL, carrega como se fosse um modo de segurança …. o windows “normal” precisa detectar e instalar os drivers sempre, se vc fizer e mesmo q consiga, em cada hardware diferente ele vai pedir os drivers, isso caso funcione, pois windows já viu né não, bugueira q só … windows não foi feito pra ser usado assim, logo logo vai acabar com ele e ter q reinstalar….
linux roda de pendrive, então dá pra usar em hds externos tbm …
De notar o uso do diminuitivo GByte e não GB. no texto 🙂
Queria só acrescentar que estes discos SSD não sofrem fragmentação.
Deêm uma olhadela nestes artigos, são testes e comprações entre hdd’s normais e ssd’s.
http://www.tomshardware.com/reviews/enterprise-flash-ssd,1971.html
http://www.tomshardware.com/reviews/ssd-hard-drive,1968.html
Para os interessados …
https://www.youtube.com/watch?v=Pf_QS3mZsyU
Vejam por vocês mesmos 😉
@David
Tem certeza que eles nao sofrem fragmentação? Visto que isto ocorre por causo to tipo de partição (FAT ou NTFS).
O principal problema destes discos é o mesmo das pen drives e afins. Os ciclos de escrita poderão ser algo limitados.
Estou mesmo a ver um SSD num PC Linux com pouca RAM e a usar a swap intensamente. :\
@Vítor Teixeira
bom video…
mudou a minha opinião sobre estes discos.
alguem que os tenha pode correr um benchmark e publicar os resultados sff ?
Aquilo em que eu acredito, é que HDD é o melhor que temos para já e até 2010 no geral. Maior capacidade, maior performance, maior fiabilidade, maior durabilidade.
Os SSD’s depois de 2010 acredito que comecem a substituir os HDD’s pois trazem mobilidade (não que os HDD’s já não tenham com as drives de 1.8) e poupança de energia.
Quanto ás partes moveis, a memoria também se desgasta com o uso, por isso é que acho que por enquanto não servem se não apenas para portáteis e pequenos aparelhos ou simplesmente como disco de arranque.
Para armazenar dados nem pensar em confiar numa coisa dessas, pois eu estou para comprar um disco de 1Tera imaginem o dinheiro que dava para ter todos esses SSD’s necessários lol.
Mas vai chegar o dia em que HDD perderá para os SSD’s bastando apenas melhorar as falhas ainda existentes nestes como a esperança de vida, e o preço =)
Vejam os novos Sony com 2 discos SSD com possibilidade de raid 😛 hehe
Bom, vou tentar pela ultima vez… parece-me o tópico adequado
E a esperança é a ultima a morrer 🙂
Off-Topic
HELP – Alguém me ajude, please! 🙂
É o seguinte… comprei um disco externo, um WD 500GB USB/Firewire/SATA
Não trazia o cabo eSATA e por isso liguei-o por USB. Funcionou bem.
Mas hoje comprei o cabo eSATA. Cheguei a casa e liguei-o.
Agora o problema que se segue é que ao reiniciar, o GRUB está a dar erro.
Tenho WinXP Pro e Ubuntu em dual boot. Ao que parece, ao ligar o WD eSATA ele fica em Raid 0 e o GRUB tenta arrancar por lá.. certo?
Alguem me sabe explicar o que devo fazer para evitar este erro?
Já andei a espreitar a BIOS, mas não consegui perceber como se resolve.
@BlinZK
até parece k ta a pegar nele como se fosse uma pen, mas se por usb dava…. na bios tenta arrancar 1º por cd e dps pelo disco a ver se ha diferenças
@Cristiano
Tenho. É por uma questão técnica. A fragmentação em si acaba por existir, mas não afecta o disco.
Isto é, a fragmentação, num disco normal, causa atrasos porque obriga a cabeça de leitura a mexer-se constantemente de uma lado para o outro. Existe uma movimentação mecânica que causa um atraso.
Num SSD a fragmentação torna-se insignificante, isto porque o acesso é feito através de endereços de posições de memória, sem movimento de partes mecânicas.
Por outras palavras, se tens um ficheiro que esta armazenado em dois sectores distintos do disco, num HDD a cabeça a certa altura tem de mudar de sitio em vez de continuar a ler em frente – Causa um atraso.
Num SSD por sua vez, a única coisa necessária é carregar outro endereço.
E num disco destes o custo de carregar um endereço vs. somar +1, se não é igual a sua diferença é muito insignificante.
Espero ter sido claro ! 😉
(Salvo erro, na wikipédia vem lá referida esta característica…)
Detesto os Ultra finos Super portáteis…já os normais com uma ventilação moderada aquecem demais, que fará esses Super comprimidos…
@Covenant: Têm componentes mais eficientes que aquecem menos 🙂 O Nokia N95 tem um processador mais potente que o meu primeiro PC (Pentium MMX 233MHz) e este último aquecia, mesmo numa caixa enorme 🙂
Em relação a desgaste, cá por casa para evitar o ruído durante a noite mudei a instalação do sistema do meu servidor para uma pen USB.
Está a trabalhar assim há mais de um ano (c/ swap incluído que a memória é pouca) e ainda n me apercebi de problemas nenhuns nos meus bits 🙂
Boas..só uma pergunta..será que o video que o Vitor Teixeira pôs aí do youtube, é mesmo a “verdade”? Anda lá perto?
@Filipe Lourenço
o meu sony ericsson p1i tem 215mhz de processador e o meu primeiro pc foi um amiga que arrancava por disquetes e nem disco rigido tinha. depois ainda encontrei uns 386 e 486 na casa dum amigo com processadores a 30 e 40htz que só corriam DOS.
a verdadeira obra era alguns anos mais tarde tira-los do sotão, por um disco naquilo e ve-los arrancar o windows 98.
mas parece-me que agora fizeram micro processadores para pda’s de 400mhz pra cima… e eu lembro-me que o meu primeiro pc a sério tinha 750mhz era um pentium nao sei o que 2 ou 3
@fulano detal,
Muito esclarecedor seu texto. Muito obrigado.
Suspeitei mesmo que em matéria de Linux a coisa seria muito mais fácil de se fazer.
Todavia, realmente me surpreendeu saber que o SSD trata-se mesmo de uma unidade grande, e não um cartão.
Tenho em casa parados um cartão micro SD de 2GB e um pendrive Kingston do mesmo tamanho (tamanho este comparável ao SSD dos primeiros EEE Surf da Asus), e acalento o plano de fazer uma instalação genérica (eu gostaria de colocar o Ubuntu, mas se não der posso usar o Puppy, DSL, Kurumin Light etc) de modo a andar com o disco do sistema, inicializável em qualquer micro ou note que tenha entrada para cartão ou USB.
Já vi que isto não será possível com SSD, dado o tamanho, embora a capacidade seja exponencialmente maior.
Quanto à queda nos preços, saiba que aqui no Brasil já estão à venda pendrives de 16GB ao preço por que comprei o meu de 8 em janeiro deste ano!
Valeu, abraços.
Parece-me que o futuro está no SSD.
Por enquanto, na casa dos 70 GB, um flash SSD custa à volta de 12 (doze) discos “clássicos”.
A diferença é ainda muito grande para o utilizador “doméstico”, quando pesa o custo / capacidade / desempenho. Para as empresas em que o critério principal seja o desempenho já há muitas viradas para o SSD – diz-se que o Google já utiliza massivamente o SSD.
(A relação 1 para 12, para 70 GB, ficou-me de cabeça de um artigo recente do Tom’s Hardware)
há só um pormenor da mais alta importância que falta falar… estes discos são tipo as pens, memória flash.
e o que acontece nas pens? têm um número limitado de usos….
quem lança SO em liveCD avisa para nao correr o SO numa pen, pois o acesso frequente ao “disco” (leia-se pen) vai fazer com que os acessos se esgotem a pen fique inutilizada…
por isso é melhor ter calma, talvez estes discos possam servir para guardar coisas que sejam acedidas poucas vezes por dia. agora para servidores ou dados críticos não servem pois corre-se o risco de os acessos se esgotarem…
logo, penso que esta não será a solução, talvez uma solução mista, tipo disco “normal” pa dados de acesso muito frequente e estes para o resto….
Por acesso leia-se escrita, podes ler quantas vezes quiseres que não há problema. A escrita essa sim causa desgaste, no entanto estes discos SSD têm (penso eu que sim) controladores que fazem a distribuição do uso por todos os chips do disco (se não têm deviam ter e não me perguntem como fazem isso que não sei).
@ Miguel e R00KIE
É verdade, mas há que ter em mente que TUDO é projecto para ter uma vida limitada. Os discos HDD também são projectados para um determinado numero de horas de utilização.
O maior problema para os SSD é a memória virtual. A maior parte das pessoas tem pelo menos 2 discos… basta colocar a memória virtual num segundo disco rígido e fica-se com o melhor de 2 mundos…. alias, a memória virtual deveria ficar sempre num disco diferente do sistema operativo para maximizar as velocidades de transferência.
Tenho um EeePC com SSD e posso afiançar por experiência própria que de facto o notebook é capaz de trabalhar horas sem aquecer, e é bastante fiável a todos os níveis. Pelo preço, é uma excelente opção.
A propósito, o site da asus está a oferecer EeePc’s 901:
http://www.eeepc.com.pt