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O percurso da sua informação clínica quando vai ao Hospital

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Hugo Cura


  1. jayD says:

    Boas a todos,
    Como profissional da área (Médico de Emergência Médica/Anestesia) dou valor a estes recursos e é bom informarem todos como funciona. Contudo saliento aqui que nem sempre temos acesso ao histórico ou processo do utente sendo este de outro distrito. Existem alguns hospitais sem acesso (falo no Porto) excepto ao histórico daquele hospital. Por exemplo, o Hospital São João não tem acesso ao histórico clínico quando este vai ao SU (Serviço de Urgência) de outros Hospitais ou Consultas fora do distrito do Porto. É complicado por vezes não ter acesso porque facilitaria muito o nosso trabalho. Contudo através do site SNS podem até mesmo consultar/marcar e até imprimir receitas médicas prescritas nos últimos 6 meses, do qual também vale a pena mencionar que o registo é fácil e rápido. Existe histórico clínico da “ida” as urgências, custos etc contudo não existe acesso especifico aos problemas do utente. Por outro lado há Hospitais que possuem acesso total ao historial do utente seja qual distrito ou zona teve ou for.

    Saliento ainda que no site do SNS/Área de Cliente podem adicionar registos e exames clínicos, como podem digamos escolher quem tem acesso ao vosso historial clínico! Existem utentes que usufruem da privacidade total do historial clínico por razões diversas e no qual nós não temos acesso excepto aos demais que o mesmo deu acesso. O médico de família por exemplo deveria ter acesso a historial hospitalar e raramente possuem tal acesso e vice-versa. Não é apenas a comunicação entre Hospitais que é vital mas sim todos sistema nacional do serviço de saúde do utente, desde consultas sejam públicas ou privadas aos exames. Ainda falta um caminho longo a percorrer mas estamos muito mais eficazes que há alguns anos atrás.

    Hoje em dia os RX´s por exemplo não são impressos mas sim transmitidos por rede interna hospitalar para o Computador onde fica registado (pode ou não depois noutra situação/hospital ter acesso).

    Existem outros Hospitais com acesso total desde diagnóstico a exames complementaras e afins conforme aqui exemplifica e muito bem (gostei do artigo, obrigado!).

    Mas ainda há muito a melhorar, desde as falhas e a integração do mesmo para o INEM e outros Hospitais, garantindo assim total cobertura do percurso do Utente em qualquer lado. Uma simples advertência sobre uma alergia ou problema de saúde faz autênticos milagres numa situação de emergência!

    Já no INEM por vezes é difícil ter acesso a historial do utente e seria uma mais valia esta comunicação ser também ramificada aos serviços de emergência médica.

    Seja como for, um excelente artigo 😉
    Não sou tanto IT mas tenho algum conhecimento informático mas desconheço como realmente a programação e afins funcionam!

    Forte Abraço
    E cuidado com a chuva/vento… nada de excessos de velocidade sff!

  2. Tiago says:

    Como utente do sns e acompanhante de um familiar num processo clínico complexo em 2017, o que pude observar no H.S.Maria/Lisboa é que a informação do paciente pelo que me foi constatado e questionado o médico da especialidade em causa por não ter acesso a informação de exames já realizados pelo paciente noutra especialidade , a resposta foi que não e que a informação de um paciente numa especialidade pode não ser disponibilizada noutra especialidade, isto mesmo em exames de diagnóstico que sejam comuns ou mesmo o histórico. Agora imagine-se o que ainda se perde em recursos de diversa ordem num mesmo hospital desta grandeza com toda a redundância que é criada em diagnostico ! Acredito que o que se perde desta forma seria suficiente na implementação de uma arquitetura integrada de big data.

  3. Filipe Ramos says:

    “RIS” Rede Informática da Saúde e não radiologia. Penso que é assim e desculpem a inconveniência.

    • CarlosM says:

      Também mas não só….
      “O RIS (Radiology Information System ou Sistema de Informação de Radiologia) é um dos softwares mais completos de gestão para centros de diagnóstico por imagem.”

  4. okapi says:

    Só agora ? Até que enfim.

  5. Bruno says:

    O objectivo de um serviço de urgência deveria ser tratar dos doentes e não andarem a brincar aos computadores (que é o que se verifica actualmente)

    • jayD says:

      Acho essa referência um bocadinho fora do contexto.
      As pessoas recorrem ao SU por todas e mais alguma razões sendo que 65% dos casos nem são considerados casos de SU mas sim casos clínicos que devem ser tratados em SAP ou SUB.

      Não querendo defender a minha profissão mas sim a realidade, muitos utentes queixam-se e sim eu como utente também já tive que aguardar 12h de espera só para ver uma colega “incompetente” e sim não usufrui dos privilégios de passar a frente de ninguém porque naquele momento SOU utente e devo dar o exemplo. Contudo, acho que “brincar aos computadores” é algo que nenhum profissional do SU anda a fazer. Lá que digas que alguns enfermeiros/médicos andam lá as vezes de má vontade ou em vez de trabalharem arduamente para o serviço em causa andarem a fazer soft-service ainda acredito.

      A ferramenta indispensável de facto é um computador, que guarda os registos e nos é transmitido qualquer exame/diagnóstico feito dentro dos SU ou Hospital!

      Por exemplo… maioria do fluxo aos serviços de urgência aumenta na 5f, 6f e Sábado por razões óbvias de excesso de álcool e afins. Na 2f costuma ser o dia mais pesado da semana porque por norma as pessoas evitam os SU devido ao fluxo no fim de semana, onde por norma até os SUB/SAP enchem.

      Eu recomendo sempre caso não tenham conhecimento médico (e evitem pesquisar no Google doenças sff) ligarem para a Linha de Saúde 24 que faz uma triagem por norma muito profissional e em casos graves até reencaminha a chamada para a CODU (INEM) caso o mesmo apresente sintomas que requeira uma ambulância ou algo mais diferenciado.

      As pessoas criticam muito mas maioria nem sabe o que critica. Eu vejo muitas queixas nas áreas azuis, verdes e amarelas mas maioria nem se justifica sequer estar nos SU.

      Eu defendo que os SU deviam estar fechados ao utente e sendo estes apenas aceites em casos de emergência (via Ambulância, Doença Súbita, Linha 24 ou Médico de Família) mas para tal acontecer teríamos que ter mais SUB/SAP 24h abertos com capacidade de filtrar e encaminhar de forma correcta para os Hospitais centrais. É como funciona em grande parte dos países da EU e é como deveria ser em Portugal MAS para tal requer um grande investimento e também vontade do governo em realizar essa melhoria!

      Abraço

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