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Clearview AI: O polémico reconhecimento facial que está a ser usado pela Ucrânia

A Ucrânia no combate à guerra começou a usar, além das armas, o reconhecimento facial. Ainda não é certa a sua utilidade no campo de batalha, mas poderá ajudar a detetar infiltrados russos, combater a desinformação e identificar os mortos.

A tecnologia usada, no entanto, está envolta em polémicas por possível violação dos regulamentos de privacidade e proteção de dados. É a Clearview AI.


Segundo a Reuters, o ministro da defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, confirmou que governo começou a usar a tecnologia Clearview AI de reconhecimento facial no passado sábado. Trata-se de um software poderoso capaz de reconhecer rostos e que foi cedido gratuitamente pela empresa que o desenvolveu ao governo ucraniano.

Apesar desta confirmação, não ficou evidente qual será o uso final do reconhecimento facial do Clearview AI. O governo ucraniano apenas confirmou que tem acesso a esta tecnologia, mas é cedo para saber para que finalidade será aplicada.

Clearview AI: o reconhecimento facial ao serviço da guerra na Ucrânia

Fontes próximas à empresa norte-americana, detentora do software que conta com mais de 10.000 milhões de imagens de rostos usados para treinar o mecanismo de deteção, indicam que as autoridades podem usar esse reconhecimento facial para identificar pessoas nos diferentes postos de controlo. Além disso, poderá ajudar a identificar com maior facilidade os mortos, mesmo com danos faciais.

Segundo é indicado, este método poderá trazer vantagens acrescidas, face ao reconhecimento por impressão digital, que requer um processo mais moroso.

Conforme explicado pelo Departamento de Energia dos EUA, a tecnologia da Clearview poderia ser usada ainda para unir refugiados separados das suas famílias, mas também, do ponto de vista do inimigo, identificar agentes russos infiltrados ou até ajudar o governo a desacreditar notícias falsas.

Contudo, esta é uma tecnologia controversa. A Clearview AI está a ser investigada por uma possível violação dos regulamentos de privacidade e proteção de dados. Além disso, as organizações anti-reconhecimento facial acreditam que esta tecnologia em contexto de guerra poderá ser perigosa, porque não se conhece a forma como irá atuar.

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