Quando surgiram, os tablets prometiam ser o dispositivo ideal para substituir um computador pessoal, ao fazerem a ponte entre um smartphone e os dispositivos maiores. Esta sua aura valeu-lhes, durante algum tempo uma posição invejável no mercado.
A verdade é que em poucos anos perderam esta posição e o segundo trimestre de 2018 volta a evidência uma realidade. As vendas de tablets são cada vez menores, apesar da Huawei e a Apple conseguirem contrariar esta corrente e fazer crescer as suas vendas.
As mais recentes previsões de vendas dos tablets, referentes ao segundo trimestre de 2018 foram apresentadas pela IDC e, novamente, voltam a mostrar um cenário nada favorável. As vendas caíram, com quase todas as marcas a terem os números menores, face ao mesmo período de 2017.
Claro que no meio deste cenário negro existem alguns que se destacam pela positiva. Falamos da Huawei e da Apple, que conseguiram crescer, vendendo mais tablets e ganhando quota de mercado. Estas duas marcas, e no segundo trimestre de 2018, cresceram 7,7% e 0,9%, respetivamente.
Empresa | 2Tr18 Unidades Enviadas | 2Tr18 Quota Mercado | 2Tr17 Unidades Enviadas | 2Tr17 Quota Mercado | Crescimento Ano-a-Ano |
1. Apple | 11,5 | 34,9% | 11,4 | 29,9% | 0,9% |
2. Samsung | 5,0 | 15,1% | 6,0 | 15,6% | -16,1% |
3. Huawei | 3,4 | 10,3% | 3,1 | 8,2% | 7,7% |
4. Lenovo | 2,0 | 6,0% | 2,2 | 5,7% | -8,4% |
5. Amazon.com | 1,6 | 4,9% | 2,4 | 6,4% | -33,5% |
Outros | 9,5 | 28,8% | 13,1 | 34,2% | -27,1% |
Total | 33,0 | 100,0% | 38,2 | 100,0% | -13,5% |
No extremo oposto temos a Amazon e a Samsung, que perderam mercado, com os seus valores a serem de -33,5% e -16,1%, respetivamente. As causas apresentadas para estas quebras é a falta de propostas tão atraentes como os concorrentes que cresceram.
A Lenovo, mesmo contando agora com a Fujitsu dentro de portas, acabou também por perder, embora em valores menores que os restantes concorrentes diretos. À sua conta conseguiu perder 8,4 da sua quota de mercado.
Mesmo com estas perdas generalizadas, e os ganhos da Huawei e da Apple, o ranking acabou por ficar idêntico ao que os trimestres anteriores mostraram. É claro o ataque da Huawei à segunda posição do mercado, depois de o ter já conseguido nos smartphones.
Talvez mais importante que estas perdas e ganhos é o resultado final acumulado. Os 33 milhões de dispositivos colocados no mercado acabaram por significar uma perda de 13,5%, face ao mesmo período do ano passado.
Este é o prolongar de uma situação que as marcas, no global, não têm conseguido contrariar. Há as excepções da Huawei e da Apple, que vão conseguido crescer, ainda que a ritmos bem diferentes.