A Xiaomi, em linha com o havia sido feito com outras empresas chinesas, entrou na lista negra dos EUA, ainda sob a presidência de Donald Trump. O caso, levado à justiça dos Estados Unidos, veio revelar que afinal a Xiaomi não se enquadrava na acusação de ser uma “empresa militar comunista chinesa”. Posteriormente, um juiz, considerou que a empresa não representava uma ameaça para a segurança nacional do país.
Depois destas decisões judiciais, os Estados Unidos removeram oficialmente a Xiaomi da sua lista negra e suspenderam formalmente todas as restrições.
Xiaomi sai da lista negra dos Estados Unidos
Em janeiro passado, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos incluiu a Xiaomi numa lista negra que impedia qualquer empresa ou investidor americano de investir na empresa. A Xiaomi foi considerada uma CCMC (Companhia Militar Comunista Chinesa) e, sem surpresa, a Xiaomi apelou da decisão.
Meses depois, um juiz americano concordou com a empresa e disse que os Estados Unidos não haviam fornecido provas convincentes da relação entre a Xiaomi e os militares chineses, que culminou com a anulação do bloqueio. Pouco depois, o tribunal considerou o veto da Xiaomi “arbitrário e caprichoso” e foi assinado um acordo de compromisso para remover a Xiaomi da lista negra, um momento que finalmente chegou.
— Xiaomi (@Xiaomi) May 26, 2021
A informação foi confirmada pela empresa chinesa num comunicado divulgado para os meios de comunicação, que pode ser lido no blog oficial da empresa. Nele é possível ler o seguinte:
Xiaomi (doravante a “Empresa”) tem o prazer de anunciar que ontem, 25 de maio de 2021 às 16h09 (EST), o Tribunal Distrital dos Estados Unidos do Distrito de Columbia emitiu uma ordem a encerrar a designação do Departamento de Defesa dos EUA da Empresa como uma “Companhia Militar Comunista Chinesa” (CCMC). Com a anulação desta designação, o tribunal procedeu ao levantamento formal de todas as restrições aos cidadãos norte-americanos de comprar ou dispor de títulos da Empresa.
Assim, todas as restrições que impediam empresas e utilizadores de investirem na empresa, que vieram a público em 6 de julho de 2018, são suspensas. A empresa chinesa garantiu que é uma “empresa aberta, transparente, de capital aberto e administrada de forma independente” e que “continuará a fornecer produtos e serviços de tecnologia de consumo confiáveis para os utilizadores”.