Com o futuro cada vez mais incerto, a Huawei vê-se cada vez mais encostada contra a parede. Assim sendo, a fabricante de smartphones Android sediada na China passará, já em 2019, a ser uma fabricante Oak OS, apelido dado ao seu sistema operativo, a solução in extremis perante o bloqueio total dos EUA.
De igual modo, os seus objetivos de superar a Samsung já foram descartados e o pior está para vir…
Ao propósito evocamos a mais recente peça do The New York Times. Aí tomamos conhecimento do aviso prévio por parte da China às principais tecnológicas. Estando a grande maioria sediada nesse país, o governo já havia avisado não só a Huawei, mas também várias outras dos “caprichos dos EUA”.
A China já havia alertado para os “caprichos” dos EUA
Ainda que possa ser dito que esta foi a primeira batalha, o futuro da Huawei no mercado dos smartphones Android está praticamente encerrado. A fabricante Android está atualmente na lista negra dos EUA, ainda que a China prometa retaliar, tal como aqui demos a conhecer em ocasião passada.
De acordo com o Times, os representantes da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reformas têm estado particularmente ocupados. De igual modo são referidos os membros do Ministério do Comércio, bem como o Ministério da Indústria e Tecnologias da Informação, tendo todos eles reunido.
Tonight on #TheWorld: What @PeterHartcherAO makes of the timing of the #AFPraids, and #PresidentXi calls #PresidentPutin his 'best friend'. They sign a #Huawei deal. @TheresaAFallon. 10pm AEST @abcnews Pic: Reuters pic.twitter.com/Km0AqHlL0n
— Yvonne Yong (@yveyong) June 6, 2019
Entretanto, o chefe de estado chinês está em visita oficial à Rússia, onde a Huawei assinou um protocolo de colaboração com as entidades russas. Com o intuito de desenvolver as redes 5G naquele país, a Rússia pode tornar-se num mercado crucial para a fabricante Android.
Do Brasil sopram ventos de bonança para a Huawei
De igual modo, vemos também a garantia da prossecução das atividades da Huawei no Brasil. Aí, de acordo com o governo Bolsonaro, na figura do vice-presidente, a Huawei continuará a operar. A tecnológica tem já uma presença significativa nesta nação, sobretudo no mercado de redes e infraestruturas.
Aliás, será parte crucial para o desenvolvimento das redes 5G nesse país que “não cederá à pressão da administração Trump”. Para o Brasil, de acordo com a peça da Reuters, sem esta fabricante, os avanços neste setor seriam severamente afetados.
Brazil will not bar Huawei from 5G network: vice president | Reuters https://t.co/asptqDyIO6 Brazilian Vice President Hamilton Mourao: the government will not exclude Huawei from operating a fifth-generation (5G) mobile telecoms network in Latin America's largest economy
— Huawei Europe (@Huawei_Europe) June 8, 2019
O mesmo cenário encontra repercussão no Reino Unido, bem como em alguns outros pontos da Europa. A tecnológica chinesa continua a ser procurada pelos seus avanços, tecnologias, patentes e equipamentos especializados no padrão de redes 5G. No entanto, a outra metade das suas atividades está comprometida.
A fabricante de smartphones Android como ponta do iceberg
Poderá deixar de o ser, muito em breve. Em vez do Android, é provável que os seus próximos smartphones tragam uma plataforma alternativa. Algo que historicamente está condenado a um lento definhar, citando o exemplo da Microsoft e do seu Windows Mobile, entre vários outros.
(Reuters) – British Prime Minister candidate Matt Hancock said that the UK cannot ban Huawei Technologies Co Ltd until a British home-grown replacement is found, The Telegraph reported on Wednesday. https://t.co/OSrrZA11By
— Huawei Europe (@Huawei_Europe) June 5, 2019
Nada, ainda assim, que não tivesse sido previsto pelo governo chinês. Mais uma vez de acordo com a fonte supracitada, as principais empresas do ramo da tecnologia foram avisadas. Desde fabricantes de semicondutores até às fabricantes de smartphones. Ao mesmo tempo, foi feito um sério ultimato.
“Consequências gravosas” para as empresas que colaborem com o bloqueio norte-americano. O aviso foi feito às empresas, não chinesas, que exportem bens para a China. A todas estas foi feito um aviso gravoso que tal ação não seria isenta de consequências por parte das entidades governamentais.
O aviso da China às empresas dos EUA
O aviso foi dirigido às empresas sediadas nos EUA e que exportam os seus materiais para a China. Foi também feito como detrimento da transferência das linhas de produção na China para outros países. De igual modo, foi incitado um lobby aos esforços de Trump em trazer as linhas de produção para os EUA.
via @PerilofAfrica #worldNews Putin stands by China, criticizes U.S., in trade, Huawei disputes https://t.co/ViQxfttds2 Reuters World News pic.twitter.com/j6xbqWHKWS
— MarthaLeah Nangalama (@mlnangalama) June 7, 2019
Em síntese, a China avisa as empresas norte-americana das consequências severas caso acatem as ordens de Trump. Por sua vez, as empresas não norte-americanas, não receberam o mesmo aviso. Já para as empresas sediadas na China, o aviso prévio já tinha sido feito quanto aos riscos da dependência dos EUA.
Agora, a escalada de tensões continuará a aumentar, sobretudo quando Putin já se pronunciou a favor da China e criticou a postura dos EUA. Já para Trump, o próximo capítulo pode desenrolar-se durante a próxima reunião dos G20, no Japão. Aí, encontrar-se-á com Xi Jingping.