A proteção da privacidade dos utilizadores é um desafio para as empresas das redes sociais, ainda mais quando se trata da segurança dos mais novos que se rendem cada vez mais cedo à Internet. Aliás, uma nova investigação concluiu que um terço das crianças dos oito aos 17 anos mentiu sobre a sua idade, alegando a maioridade.
O regulador que promoveu o estudo pretende que o governo britânico volte a considerar a lei que priorizava a segurança online.
Uma nova investigação concluiu que um terço das crianças com idades compreendidas entre os oito e os 17 anos, com um perfil nas redes sociais, já mentiu relativamente à sua data de nascimento, alegando ter mais do que 18 anos. O estudo foi solicitado pelo regulador britânico Ofcom, na sequência de apelos para que sejam adicionadas mais ferramentas de verificação de idade às plataformas, por forma a proteger as crianças de conteúdos nocivos.
Aliás, o regulador espera que o governo do Reino Unido leve a Online Safety Bill ao parlamento. Esta obrigaria as redes sociais a proteger os utilizadores, especificamente as crianças, de conteúdos ilegais, perigosos e prejudiciais, estando o desleixo nesse sentido associado a grandes multas e possíveis bloqueios das plataformas. Além das redes sociais, também websites pornográficos, por exemplo, poderão precisar de utilizar métodos de verificação da idade, de modo a impedir a exposição dos mais novos.
De acordo com a investigação, cerca de 77% das crianças na faixa etária inquirida tem pelo menos um perfil numa rede social, sendo que 60% das crianças com menos de 12 anos tem um perfil, apesar de a idade mínima exigida ser de 13 anos. Mais do que isso, o estudo anotou que cerca de 47% das crianças deste grupo disse ter 16 anos ou mais, enquanto 32% fixou-se nos 18 anos ou mais. Aliás,
A proteção das crianças está no cerne das novas leis de segurança online, por isso, ao prepararmo-nos para as nossas novas responsabilidades, continuamos a construir as nossas provas das experiências online vividas pelas crianças.
A investigação explora os fatores que podem levar as crianças a experimentarem danos online, incluindo os riscos de aderirem a uma rede social com uma falsa idade avançada. Isto pode colocá-las em maior risco de verem conteúdos potencialmente nocivos e inadequados à idade.
Explicou Mark Bunting, diretor para a política online no Ofcom, acrescentando que “as crianças e os pais no estudo falaram das potenciais tensões entre as preocupações de segurança online e a necessidade de maior proteção, com o desejo de os jovens se sentirem socialmente incluídos e de terem liberdade para aprenderem a gerir os riscos através da experiência”.
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