O TikTok tem enfrentado dificuldades para lidar com o conteúdo da guerra Israel-Hamas e com os discursos de ódio relacionados. No entanto, está a tomar medidas bastante interessantes… e já removeu 1,3 milhões de vídeos na região do conflito.
TikTok quer travar os conteúdos de ódio
No que diz respeito à moderação, o TikTok está a lançar novas ferramentas de filtragem de comentários, sendo a mais notável o “Modo de cuidado com os comentários”, que filtra automaticamente os comentários que são considerados semelhantes aos anteriormente denunciados ou eliminados pelo criador.
Outra nova funcionalidade ajuda a eliminar os comentários feitos por contas que não estão na lista de seguidores do criador. A empresa pretende aumentar a sensibilização dos novos utilizadores para estas ferramentas através de um aviso após o primeiro upload de um vídeo e, a longo prazo, irá criar um programa de testes beta do produto para obter feedback direto dos criadores.
O TikTok também criou um novo grupo contra o ódio e a discriminação, na esperança de detetar proativamente o antissemitismo, a islamofobia e outras tendências de ódio antes que fiquem fora de controlo. A equipa irá trabalhar com especialistas para melhorar a formação dos moderadores, de modo a que possam lidar melhor com o discurso de ódio, e irá expandir as suas comunidades de criadores geridas para comunidades judaicas e outras comunidades inter-religiosas, bem como API e LGBTQ+, no próximo ano.
1,3 milhões de vídeos removidos na região do conflito
O The Information acrescentou que o TikTok planeia expandir o acesso às suas APIs de pesquisa para grupos da sociedade civil – como a Liga Anti-Difamação tem vindo a solicitar há anos, aparentemente – para que possam entender melhor os tipos de conteúdo que se espalham no TikTok.
Isto contrasta fortemente com a forma como o X (Elon Musk, principalmente) limitou o acesso dos investigadores das redes sociais à sua plataforma, enquanto continua a negar qualquer irregularidade relativamente a acusações de conteúdo antissemita.
Embora a intensificação dos esforços do TikTok possa não convencer aqueles que continuam a acusar o seu algoritmo de parcialidade, a plataforma continuou, pelo menos, a remover uma quantidade impressionante de conteúdos ofensivos. O último número de vídeos removidos na região do conflito atingiu 1,3 milhões, entre 7 de outubro e 30 de novembro. Entre estes, incluem-se “conteúdos que promovem o Hamas, discursos de ódio, terrorismo e desinformação”.
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