O Snapchat foi uma rede social que surgiu em 2013 e rapidamente ganhou fama, por um lado porque os conteúdos se autodestruíam passados 10 segundos, mas também porque, na altura do lançamento, recusou ser comprada pelo Facebook, que estava disposto a pagar 3 mil milhões de dólares pela empresa.
Agora, passados quase 4 anos, o cenário parece negro para esta rede social pois não cresce muito e dá prejuízo.
Quando o Snapchat chegou, em 2013, tornou-se popular rapidamente, não só porque tinha recusado a oferta do Facebook, que pagava 3 mil milhões de dólares pela compra do serviço, mas sobretudo porque era uma rede social que trazia funcionalidades curiosas, diferentes e interessantes para os utilizadores, como a autodestruição dos conteúdos enviados, passados 10 segundos.
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Apesar de ter tido muita adesão nos anos seguintes ao lançamento, a verdade é que, neste momento, o Snapchat demonstra um crescimento lento e, de facto, para uma empresa conseguir continuar no mercado, de forma sólida, o que importam são os números e resultados positivos.
Assim, os resultados do 1º trimestre de 2017, revelados nesta quarta-feira, mostram que o Snapchat tem um crescimento lento ao nível dos utilizadores novos, contando agora com 166 milhões de contas, muito abaixo do concorrente direto Instagram Stories, que tem mais de 200 milhões. Trata-se de um crescimento de 36% face ao ano passado e 5% relativamente ao último trimestre, mas considerado lento para o esperado.
Evan Thomas Spiegel – Fundador do Snapchat
Apesar da receita ter crescido na ordem dos 300% (149 milhões de dólares) a verdade é que são resultados que ficaram, ainda assim, abaixo das expetativas do mercado, uma vez que os custos também aumentaram, e muito (163 milhões de dólares). Entre outros reforços e melhorias, o Snapchat passou também de 1860 funcionários para 2360.
Muita da receita foi conseguida através da publicidade, mas também dos óculos Spectacles, que renderam 8,3 milhões de dólares à empresa.
Óculos Spectacles do Snapchat
O lado negro dos resultados mostram que os prejuízos do Snapchat quase que duplicaram neste 1º trimestre, obtendo perdas de cerca de 2,2 mil milhões de dólares (no 1º trimestre de 2016 teve prejuízo de 104 milhões de dólares). Segundo a empresa, estes prejuízos estão relacionados com as obrigações de dispersão em bolsa, ocorridos em fevereiro.
A guerra subtil entre Evan Spiegel e Mark Zuckerberg mantém-se ativa e, acerca das funcionalidades que o Facebook e Instagram adoptaram e que parecem muito semelhantes ao Snapchat, Spiegel reage dizendo:
At the end of the day, just because Yahoo has a search box, it doesn’t mean they’re Google.