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Se o X não cumprir as leis europeias sobre notícias falsas e propaganda russa será banido

A União Europeia (UE) estreitou as suas medidas, relativamente à propaganda russa e à desinformação. Se o Twitter/X não as cumprir, será banido.


Um relatório divulgado, hoje, pela Comissão Europeia dá conta da desinformação que circula pelas redes sociais que atuam no espaço europeu. Segundo o que consta no documento, o Twitter/X tem a maior taxa de desinformação entre todas as grandes plataformas deste tipo.

O senhor Musk sabe que não está isento por ter abandonado o código de conduta. Há obrigações perante a lei. Portanto, a minha mensagem para o Twitter/X é que tem de cumprir. Vamos estar a observar o que fazem.

Alertou a vice-presidente da Comissão Europeia, Věra Jourová.

Recorde-se que, em agosto deste ano, entrou em vigor a nova Lei dos Serviços Digitais da UE, que visa combater a desinformação e a fraude, assegurando maior segurança aos utilizadores. Todas as publicações que não forem ao encontro do que a lei dita, serão consideradas ilegais.

O relatório de 200 páginas avaliou os esforços feitos pelas plataformas no primeiro semestre deste ano para se prepararem para cumprir a lei que entraria em vigor, entretanto. Além disso, refere as iniciativas tomadas para combater a propaganda russa, discurso de ódio e outros tipos de desinformação.

[A propaganda do Estado russo] é uma arma multimilionária de manipulação de massas apontada tanto internamente, aos russos, como aos europeus e ao resto do mundo.

Disse Jourová, numa conferência de imprensa, acrescentando que a Rússia se envolveu “numa guerra de ideias para poluir o nosso espaço de informação com meias verdades e com mentiras, de modo a criar uma falsa imagem de que a democracia não é melhor do que a autocracia”.

Věra Jourová, vice-presidente da Comissão Europeia

Na perspetiva da executiva, as grandes plataformas têm uma responsabilidade acrescida e devem responder ao risco da desinformação e da propaganda russa.

 

Redes sociais apagam milhões de contas falsas…

Segundo o documento da Comissão Europeia:

Por sua vez, a Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp) disse ter alargado a verificação de factos a 26 parceiros que cobrem 22 idiomas dentro da UE. Segundo a empresa, 37% dos utilizadores das suas plataformas desistiram de partilhar publicações após serem avisados de que estas podiam conter informações falsas.

A Microsoft também revelou que priorizou informações fidedignas e despromoveu informações questionáveis em relação a 800 mil pesquisas dos utilizadores acerca da guerra na Ucrânia – o tópico mais frequente de propaganda, seguido de temas como a migração, direitos LGBT+ e crise climática.

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