Com a pandemia muita foi a informação partilhada de forma errada e muitas foram as medidas aplicadas pelos vários meios difusores no combate à desinformação. A rede social Twitter não passou ao lado deste combate, mas depois de Elon Musk a bandeira da liberdade de expressão parece estar a falar mais alto.
Para já, as políticas de desinformação sobre a COVID-19 foram suspensas… Mas há pior. A equipa dedicada ao combate de material relacionado com exploração e abusos sexuais de menores parece ter sido reduzida de forma drástica.
O fim da pandemia e da luta contra a desinformação
Desde o dia 23 de novembro, que as políticas de informações falsas relativas à COVID-19, foram suspensas. A informação não foi propriamente anunciada ao mundo, mas consta da página de Transparência do próprio Twitter, em Inglês.
Desta forma, todo e qualquer conteúdo partilhado sobre o tema no Twitter, não será bloqueado, mesmo que venha com informações falsas incluídas. Esta medida pode ainda incluir o regresso de utilizadores que usavam a rede com o único propósito de disseminar informação falsa relativa à COVID, através da amnistia geral aplicada às contas banidas que está em curso na rede social.
O combate às informações falsas relativas ao coronavírus começaram a surgir logo em janeiro de 2020 e, segundo os dados avançados, terão sido suspensas até ao momento mais de 11200 contas e foi removido mais de 97600 exemplos de conteúdos falsos. A plataforma chegou mesmo a ser tida como referência no combate à desinformação.
É certo que o mundo vive um momento completamente diferente em termos de pandemia e esta poderá ser apenas uma medida, tal como descrito, suspensa e não anulada de forma permanente. Além disso, Elon Musk nunca escondeu a sua opinião relativamente à forma como a pandemia e as restrições foram aplicadas pelos governos, tendo mesmo sido um dos mais influentes empresários a “furar” os bloqueios e a obrigar os seus trabalhadores a estarem nas empresas.
Equipas reduzidas no Twitter e o perigo para os utilizadores
Uma outra notícia surge de forma mais preocupante para todos os utilizadores da rede social. Com os despedimentos em massa, Elon Musk terá reduzido para metade o número de funcionários dedicados ao combate de material relacionado com exploração e abusos sexuais de menores.
O Bloomberg avançou que esta equipa CSAM – child sexual abuse material -, passou de 20 para 10 funcionários. A questão é que, segundo a fonte, esta equipa já estaria sobrecarregada de trabalho, antes dos despedimentos. Elon Musk que já afirmou ter o combate à exploração infantil como prioridade número 1, mas estas ações parecem contrariar ou desconhecer a realidade.