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EUA tem um novo grupo que pretende consertar as redes sociais

Um novo projeto que está a surgir nos Estados Unidos da América junta pessoas que, por já terem estado no meio, estão a formar um grupo com um objetivo muito claro: consertar as redes sociais. Desde abordar os impactos nocivos das plataformas nas crianças, passando pelas comunidades, até à segurança nacional.

O projeto dá-se pelo nome de Council for Responsible Social Media e pretende juntar várias personalidades.


Lançado publicamente durante o dia de ontem, o Council for Responsible Social Media é um projeto de reforma política multipartidária sem fins lucrativos. Este foca-se no objetivo de reforçar a democracia nos Estados Unidos da América (EUA), através da parceria com ex-membros do Congresso para procura de soluções.

Uma antiga funcionária do Facebook, dois antigos secretários de defesa dos EUA, vários antigos legisladores e chefes dos serviços secretos estão a formar este novo grupo para debater e solucionar os impactos nocivos das redes sociais nas crianças, nas comunidades e na segurança nacional.

Conforme explicou à CNBC, durante uma entrevista, o representante democrata do Missouri, Dick Gephardt, ajudou a criar o conselho, depois de tentar compreender a origem da atual polarização do país. Segundo defende, o Congresso “tem de ser um reflexo do povo e se o povo estiver amargamente dividido, então o Congresso ficará amargamente dividido”. Portanto, Gephardt acredita que a divisão é promovida pelo povo.

Representante democrata do Missouri, Dick Gephardt

O representante começou por dizer que considerou a possibilidade de os meios de comunicação sociais poderem estar a contribuir para essa divisão. No entanto, depois, percebeu que as plataformas sociais poderiam ser, afinal, um fator significativo. Posto isto, começou a falar com especialistas e a ler sobre o efeito da tecnologia na democracia.

A minha experiência no Congresso leva-me sempre a acreditar que, para resolver qualquer problema numa democracia, é preciso juntar pessoas diversas, falar umas com as outras, ouvir umas às outras.

Partilhou.

 

Novo conselho quer consertar as redes sociais e, consequentemente, o seu impacto

O objetivo deste novo conselho passa por conduzir uma conversa bipartidária em torno da tecnologia, em Washington, D.C., e em todo o país, dando destaque a vozes não partidárias, como pais e pediatras, e avançando com soluções eficazes para reestruturar as redes sociais. Embora os membros já se tenham reunido virtualmente para dar início ao seu trabalho, terão a sua primeira reunião em pessoa, na quinta-feira, em Washington.

Penso que coisas como este grupo são muito importantes para proporcionar uma frente unificada, para obter mudanças de bom senso que podem realmente fazer a diferença.

Disse Frances Haugen, a antiga funcionária do Facebook que divulgou documentos internos sobre as políticas e pesquisas da empresa a legisladores, jornalistas e à Securities and Exchange Commission, numa entrevista à CNBC.

Além disso, a antiga funcionária do Facebook partilhou que vê a moderação como uma “distração do verdadeiro caminho, que gira em torno da conceção de produtos, da segurança e da transparência”. Isto, porque acredita que é importante assegurar a segurança e não apenas a moderação do conteúdo.

Deste Council for Responsible Social Media fazem parte nomes bem conhecidos: os antigos secretários da defesa Chuck Hagel e Leon Panetta, a antiga senadora Claire McCaskill, a ex-funcionária do Facebook Frances Haugen, e o antigo funcionário da Google Tristan Harris.

Além destes, ainda dão corpo ao projeto Chris Krebs, Michael Rogers e Porter Goss, que anteriormente lideravam o Department of Homeland Security’s Cybersecurity and Infrastructure Security Agency, a National Security Agency, e a Central Intelligence Agency, respetivamente.

 

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