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Elon Musk está a processar empresas por terem deixado de fazer publicidade no X

O Twitter nunca reuniu tanta atenção como o X reúne agora. Em mais uma polémica, Elon Musk decidiu processar algumas empresas, após terem deixado de fazer publicidade na rede social.


Segundo a imprensa, Elon Musk intentou uma ação judicial contra uma série de empresas, alegando que elas conspiraram ilegalmente para boicotar a rede social X, fazendo-o perder “milhares de milhões de dólares” em receitas. O processo surgiu, após as visadas terem deixado de fazer publicidade na plataforma.

A ação judicial foi intentada no Texas contra a World Federation of Advertisers e as suas empresas membros: a multinacional britânica Unilever, a gigante alimentar Mars, a CVS Health, e a empresa dinamarquesa de energias renováveis Orsted.

A decisão de processar estas empresas foi tomada, após as receitas publicitárias do X terem caído, numa queda que se deu depois de o empresário ter comprado e rebatizado a rede social por 44 mil milhões de dólares, em 2022.

Poucos dias após assumir a chefia da rede social, Elon Musk despediu milhares de funcionários, incluindo os dedicados à moderação, que estavam encarregados de remover conteúdo prejudicial.

Mais do que isso, as empresas suspenderam a publicidade no X, em novembro de 2023, motivadas por preocupações de que o seu conteúdo estivesse a aparecer ao lado de publicações pró-nazis – o agora proprietário do X já foi acusado de disseminar discurso de ódio.

 

X processa empresas por não publicitarem na sua plataforma

A ação intentada por Elon Musk alega que as empresas conspiraram de uma forma que violou as leis antitrust dos Estados Unidos, agindo através de uma iniciativa da World Federation of Advertisers chamada Global Alliance for Responsible Media (GARM). Esta foi lançada, em 2019, com o objetivo de “ajudar a indústria a enfrentar o desafio do conteúdo ilegal ou prejudicial nas redes sociais e a sua monetização por meio de publicidade”.

Linda Yaccarino, diretora-executiva da X Corp.

O X pede uma indemnização por danos não especificados, bem como uma ordem judicial contra quaisquer esforços contínuos para conspirar para reter as despesas com publicidade.

Na perspetiva de Linda Yaccarino, diretora-executiva do X, partilhada numa carta aberta aos anunciantes, “as pessoas são prejudicadas quando o mercado das ideias é restringido e alguns pontos de vista não são financiados em detrimento de outros no âmbito de um boicote ilegal”. Afinal, o X afirma ter aplicado normas de segurança para marcas comparáveis às das suas concorrentes que “cumprem ou excedem” as medidas especificadas pela GARM.

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