A questão do lixo espacial volta a ser tema, uma vez que os cientistas decidiram alertar, uma vez mais, para este problema em crescimento. Um novo vídeo da Agência Espacial Europeia (em inglês, ESA) adverte para os perigos que os detritos deixados no espaço representam para um futuro próximo.
O vídeo conta com cerca de 13 minutos.
Um novo vídeo divulgado pela ESA surgiu com o objetivo de alertar governos, empresas e cientistas para o problema que é o lixo espacial. Este está cada vez mais presente e, é consequentemente mais relevante, uma vez que a conquista do espaço, bem como o seu conhecimento cada vez mais profundo, é um objetivo mais do que claro.
No vídeo, a ESA, além de alertar as entidades para os perigos que o lixo espacial representa, discute também o papel que as nações precisam de adotar, por forma a garantir que a tecnologia associada aos satélites ainda será viável, no futuro. Afinal, a órbita da Terra está a ficar saturada de lixo espacial.
Em paralelo a este vídeo divulgado pela ESA, um grupo de cientistas publicou um artigo na Nature Astronomy, apelando à proteção ambiental do espaço. No entanto, se já é complicado concentrar as atenções nos problemas ambientais terrestres, a tarefa torna-se mais difícil quando o problema se transfere para o espaço. Para os cientistas, este acumular de lixo espacial poderia resultar em consequências muito graves num futuro próximo, piorando a longo prazo.
Mais de 30.000 peças de destroços espaciais foram registadas e são regularmente seguidas por redes de vigilância espacial. À medida que a nossa tecnologia melhora, estamos a detetar um número crescente de objetos não identificados. Devido ao desfasamento temporal entre a sua criação e a nossa observação, é difícil rastrear as suas origens até um ‘evento de fragmentação’ específico.
Revelou a ESA.
Embora não seja uma novidade, a ESA destaca o aumento considerável de lançamentos de satélites para o espaço. Além disso, apesar de agência europeia apontar para 30.000 objetos de lixo espacial, há estudos que sugerem que poderia haver mais de um milhão de elementos, maiores do que um centímetro, a circular na órbita da Terra.
Segundo os cientistas que desenvolveram o artigo, devemos aplicar ao espaço a mesma política de proteção ambiental que aplicamos na Terra. Afinal, sendo os satélites um importante aliado no avanço da humanidade e do conhecimento, seria importante que a sua existência não representasse um perigo para os humanos.
Se o descontrolo do lixo espacial se mantiver, podemos ser confrontados pela síndrome de Kessler, de acordo com o Digital Trends. Isto é, haveria tantos destroços em órbita que seria impossível impedir colisões entre estes e os satélites funcionais, bem como seria impossível o lançamento de novas missões.
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