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Companhias aéreas estão a operar aviões vazios para não perder lugar nos aeroportos

Os esforços para a redução das emissões de dióxido de carbono têm sido muitos. Contudo, quando “valores mais altos se alevantam”, o resultado pode ser questionável. Por exemplo, há companhias aéreas a operar voos completamente vazios.

A razão? Não perder os lugares nos aeroportos.


Antes do início da pandemia, a União Europeia (UE) exigia que as companhias aéreas cumprissem 80% dos seus voos regulares, arriscando-se a perder os seus lugares nos aeroportos para outras companhias. Embora essa percentagem tenha sido reduzida para 50%, em 2021, a procura continua a não ser suficiente.

Conforme adiantado pela revista belga The Bulletin, a companhia aérea alemã Lufthansa operou 18.000 voos vazios só este inverno. Isto, motivado pela regra da UE que exige que as companhias operem pelo menos metade dos seus voos regulares, por forma a manterem os seus lugares nos aeroportos.

A Lufthansa já reduziu 33.000 voos devido ao cancelamento de viagens a nível mundial promovido pela variante Omicron. Por isso, a companhia aérea, bem como entidades governamentais, têm pedido à UE para reconsiderar as medidas e ter em mente o seu impacto ambiental.

Enquanto em quase todas as outras partes do mundo foram encontradas exceções favoráveis ao clima em tempos de pandemia, a UE não o permite da mesma forma.

Disse Carsten Spohr, CEO da Lufthansa.

Carsten Spohr, CEO da Lufthansa

O ministro belga da mobilidade, Georges Gilkinet, também pediu à UE que reconsiderasse a medida, uma vez que a Brussels Airlines, que está sob o grupo Lufthansa, representa 3.000 dos 18.000 voos vazios.

Apesar dos apelos, a Euronews observou que a Comissão Europeia para os Transportes já anunciou que não irá reduzir a percentagem de voos a que as companhias aéreas devem corresponder. Isto, porque, para os reguladores, a atual redução é mais do que suficiente.

De realçar que tanto a UE como a Lufthansa comprometeram-se a reduzir para metade as suas emissões de dióxido de carbono durante a próxima década.

 

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