Com objetivos claros de descarbonização a serem cumpridos, muito se tem debatido sobre as alternativas aos combustíveis fósseis. De acordo com o CEO da Airbus, no caso dos aviões, a derradeira solução, a médio e longo prazo, é o hidrogénio.
Ainda assim, alerta que o caminho a percorrer ainda é longo e trabalhoso.
Numa entrevista à CNBC, o CEO da Airbus Guillaume Faury alertou que o setor da aviação poderá enfrentar desafios substanciais se não for capaz de descarbonizar atempadamente. Além disso, referiu que os aviões movidos a hidrogénio são a derradeira solução, se considerarmos o médio e longo prazo.
Como já vimos várias vezes, a pegada carbónica da aviação é uma das mais significativas. Aliás, o World Wildlife Fund descreve o setor como “uma das fontes de emissões de gases com efeito de estufa de crescimento mais rápido a impulsionar as alterações climáticas globais”, sendo a “atividade mais intensiva em carbono que um indivíduo pode fazer”.
Airbus está a começar o longo caminho
Aparentemente, a Airbus está a concentrar-se em várias áreas. Por exemplo, um dos objetivos é assegurar que os aviões queimam menos combustível e emitem menos dióxido de carbono. Aliás, os reservatórios da aeronave que a empresa está a distribuir têm capacidade certificada para 50% de combustível de aviação sustentável.
Precisamos de ver a indústria de Sustainable Aviation Fuel (SAF) a avançar, a ser desenvolvida, a crescer para servir as companhias aéreas e a poder utilizar essa capacidade de 50% de SAF. Iremos a 100% até ao final da década.
Disse o CEO da Airbus, acrescentando que a seguir “é olhar para o futuro a médio e longo prazo para trazer para o mercado o avião a hidrogénio, porque esta é realmente a derradeira solução”. Ainda assim, alerta que serão necessários muitos compromissos de engenharia, investigação e investimento.
Segundo a CNBC, a contrapor esta visão otimista do CEO da Airbus está o CEO da Ryanair Michael O’Leary que, em outubro do ano passado, admitiu não ver a chegada de combustíveis de hidrogénio, de combustíveis sustentáveis, nem de sistemas de propulsão elétrica, antes de 2030.
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