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Volkswagen alerta para o “impacto económico nocivo” das taxas que Trump quer impor

Com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, espera-se que muita coisa mude, nos Estados Unidos e no mundo. O Grupo Volkswagen já advertiu sobre o “impacto económico nocivo” das taxas que o novo Presidente está a propor sobre as importações do México, onde a fabricante de automóveis opera uma grande fábrica.


Embora não tenha sido tomada uma decisão final, Donald Trump disse que planeava impor taxas anteriormente anunciadas de até 25% sobre o México e o Canadá, uma vez que os dois vizinhos estão a permitir que migrantes sem documentos, bem como droga, entrem nos Estados Unidos.

Estamos a pensar em 25% sobre o México e o Canadá, porque eles estão a permitir a entrada de um grande número de pessoas. Penso que o faremos a 1 de fevereiro.

Apontou Donald Trump, na segunda-feira, na Sala Oval, queixando-se, nomeadamente, da corrente de fentanil e dos migrantes que atravessam a fronteira norte do país que agora lidera.

Entretanto, perante esta possibilidade de taxas sobre o México, o Grupo Volkswagen já avisou sobre o seu “impacto económico nocivo”, uma vez que a fabricante de automóveis opera uma grande fábrica no país.

O Grupo Volkswagen está preocupado com o impacto económico nocivo que as taxas propostas pela administração dos Estados Unidos terão sobre os consumidores americanos e a indústria automóvel internacional.

Valorizamos a colaboração e o diálogo aberto. O Grupo Volkswagen espera continuar a sua parceria de longa data e construtiva com a administração dos Estados Unidos.

Disse um porta-voz da Volkswagen, numa declaração à Reuters.

 

Taxas sobre o México poderão prejudicar vendas da Volkswagen

A fábrica de automóveis de Puebla é a maior do México e uma das maiores do Grupo Volkswagen, tendo produzido cerca de 350.000 carros em 2023, incluindo o Jetta, Tiguan e Taos – todos estes modelos tiveram como destino os Estados Unidos.

Segundo os analistas da Stifel, citados pelo Automotive News Europe, caso as taxas sobre as importações do México sejam aplicadas, cerca de 65% dos automóveis que a Volkswagen vende nos Estados Unidos deixariam de ser competitivos.

Conforme avançado por duas pessoas familiarizadas com o assunto, a Volkswagen tem estado em contacto com a nova administração americana sobre as taxas.

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