Não é normal haver problemas nos carros da Tesla. A sua manutenção é reduzida e isso é uma vantagem única face aos carros com motor de combustão. Claro que a marca tenta sempre ter níveis de qualidade máxima, para assim manter os condutores longe de problemas.
Ainda assim, surgem problemas com componentes-chave destes carros elétricos. É precisamente isso que foi identificado e que vai agora levar a Tesla a recolher 135 mil carros para fazer a substituição de um componente do ecrã das suas consolas.
Um problema bem conhecido da Tesla
O problema que originou esta recolha dos carros da Tesla é bem conhecido. Desde há alguns anos que os utilizadores se queixam de problemas com os ecrãs dos seus carros elétricos. Em causa está a memória flash do MCU 1 (Media Center Unit), que está presente nos Model S e Model X mais antigos.
A vida útil desta memória parece estar, contudo, a ser reduzida, por culpa das constantes escritas. Estes registos servem apenas guardar os eventos que estão a acontecer nos sistemas da Tesla e para posterior consulta em caso de problemas.
Uma memória compromete o ecrã dos elétricos
Até agora a Tesla estava a tentar (aparentemente) ignorar este problema, não o reconhecendo. As queixas acumularam-se com os ecrãs dos sistemas dos carros que deixam de responder e bloqueiam. Há ainda situações que requerem que estes sejam reiniciados. Há ainda falhas nos piscas, na câmara traseira e nas definições do desembaciamento.
Com muitas queixas a surgirem, a NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration) tem estado a pressionar a Tesla para assumir o problema. A marca recusa que os problemas sejam da construção da memória e alega que não era esperado que este componente tivesse uma vida útil igual à dos seus carros.
Quase obrigada a recolher estes carros
Ainda que reservada ao mercado americano, a Tesla vai assim assumir a troca da memória de 8 GB por uma de 64 GB nos Model S (2012-2018) e Model X (2016-2018). Esta recolha abrange 134,591 carros e inicia-se a 30 de março. A marca garante ainda que os piscas, na câmara traseira e nas definições do desembaciamento vão manter-se a funcionar, graças a uma atualização de software.
Esta não é a primeira situação em que a Tesla tem de recolher alguns dos seus carros elétricos. Em todas as situações a marca tem reagido contra, mas apesar disso acaba por assumir a falha, muitas vezes para evitar problemas com as entidades reguladoras.