A relação da Tesla com os seus funcionários tem-se revelado controversa ao longo dos anos. A marca tem políticas rígidas e que impedem que muita da informação seja partilhada para fora da esfera da empresa.
Um caso recente revela que um funcionário foi dispensado porque partilhou no YouTube vídeos a mostrar o desempenho do Full Self Driving, com resultados nem sempre foram positivos.
Full Self Driving causou problemas a funcionário
O desenvolvimento do Full Self Driving está ainda a ser feito pela Tesla e existem algumas falhas que podem ser preocupantes. A marca parece empenhada em resolvê-los, mas não está interessada que estes sejam revelado e mostrados ao público.
Esta foi a razão que John Bernal apresentou para ter sido dispensado da Tesla, segundo as suas declarações. Este ex-funcionário da empresa de Elon Musk tinha um canal no YouTube onde apresentava as novas versões do Full Self Driving e onde algumas vezes mostrou as falhas do sistema.
John Bernal explicou que antes de ser despedido foi alertado de forma verbal pela sua chefia. Segundo a empresa, os vídeos presentes no seu canal do YouTube, AI Addict, representavam uma violação da política da empresa e que gerava um conflito de interesses.
Tesla despediu sem apresentar uma razão óbvia
Poucos dias depois, de forma taxativa, a Tesla despediu este seu funcionário e não revelou nenhuma razão para essa decisão. Foi também retirado de imediato o acesso ao Full Self Driving e a qualquer versão de testes deste sistema.
Esta não foi a primeira vez que a Tesla alertara John Bernal sobre os seus vídeos. Num momento no passado publicou um vídeo onde mostrava um problema do Full Self Driving. Este foi um vídeo com muito sucesso na Internet e que muitos partilharam nas redes sociais.
Nessa altura foi aconselhado a não publicar nenhuma informação a criticar a empresa e o seu sistema de condução autónoma. Esta indicação surgiu sempre de forma informal e nunca foi oficialmente escrita.
Não é claro se podem colocar vídeos no YouTube
A política da empresa em relação às redes sociais dos funcionários e à partilha de informação é ambígua neste ponto e não faz nenhuma referência relativamente à publicação de críticas nas redes sociais.
Ainda assim, é clara no que toca à sua posição nestes locais da Internet. Conta com o bom senso e o bom julgamento dos seus empregados para se envolverem em atividades responsáveis nas redes sociais. A lista de sites inclui as principais redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram e outros), mas não menciona o YouTube.
A Tesla ainda veio a público mostrar a sua posição relativamente ao caso.