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Tesla Cybertruck não traz modo “anti-aselhas” e isso parece que faz falta

A Tesla Cybertruck foi apresentada como uma pick-up cheia de recursos “à prova de apocalipse”, como os americanos gostam de classificar. Contudo, em bom rigor, tem problemas como os demais elétricos. Portanto, este veículo precisa, como os outros, de um condutor que não “seja aselha”. E, ao que parece, são muitos os proprietários aselhas desta pick-up!


A Cybertruck da Tesla não teve a estreia que Elon Musk disse que teria. Desde o seu lançamento em novembro, o veículo, que custa cerca de 60.000 dólares (55 mil euros), tem sido repetidamente notícia por problemas. São alertas inexplicáveis de “erro crítico de direção”, o veículo fica preso em terrenos acidentados, recebeu já recalls generalizados, problemas com ferrugem… tudo isto deixa o gigante “à prova de apocalipse” demasiado fragilizado.

Se alguma vez tiver uma discussão com outro carro, vai ganhar.

O apocalipse pode surgir a qualquer momento e, aqui na Tesla, temos a melhor tecnologia para o apocalipse.

Prometeu Elon Musk no evento de lançamento da pick-up no ano passado.

Ter uma Cybertruck não é para qualquer um

Mesmo que tudo isto seja verdade, há depois a outra parte: a do condutor. Um exemplo que teve algum eco na imprensa americana foi o que aconteceu no dia 2 de maio a um turista em Nantucket. Este atolou a sua Cybertruck, ficou presa na areia, necessitando de um reboque para a libertar. Afinal… a pick-up não era o que lhe tinham “dito que era”.

De acordo com o operador do reboque, o condutor cometeu um erro crucial: esqueceu-se de esvaziar os pneus.

Normalmente, os pneus do Cybertruck são carregados com cerca de 50 psi. No entanto, no manual do proprietário da Cybertruck, a Tesla alerta os condutores para baixarem a pressão dos pneus antes de fazerem todo-o-terreno, para aumentar a tração e diminuir o risco de furos. O operador do reboque disse que o ponto seguro para a condução na praia é entre 18 e 22 psi.

Infelizmente, não o fizeram ou não o sabiam fazer. Então isso colocou-os em desvantagem desde o início.

Disse o operador do reboque, que pediu o anonimato.

O operador disse que a maioria dos trabalhos de reboque com este veículo resultam da inexperiência, acrescentando que é frequentemente chamado nos meses de verão para ajudar os turistas que avaliaram mal a suavidade da areia perto da costa ou que desconheciam completamente o impacto da pressão dos pneus nas capacidades de todo-o-terreno de um veículo.

O que aconteceu com a Cybertruck, disse o operador, poderia ter acontecido a qualquer outro condutor de uma pick-up. No entanto, referiu que o peso extra da Cybertruck – cerca de 454 kg mais pesada do que as pick-ups comparáveis a combustível – não ajudou.

Sempre se questionou a forma como os veículos elétricos com excesso de peso se comportariam na condução na praia. Usam pneus do mesmo tamanho que uma F-150 normal ou, como queira, uma pick-up normal, mas têm um peso superior.

Referiu o operacional do reboque.

A pick-up totalmente elétrica acabou por ser libertar, mas não sem antes atrair uma multidão de curiosos da pequena comunidade insular.

O operador do reboque disse que “não ficou assim tão” surpreendido com a chamada telefónica, dado o burburinho em torno da chegada da primeira Cybertruck à ilha. O incidente tornou-se viral nas redes sociais, sendo apenas o mais recente erro de condução que envolveu uma Cybertruck.

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