Uma fundação independente intentou uma ação coletiva nos Países Baixos contra a Stellantis por alegada fraude nos testes de emissões dos seus veículos.
A fundação holandesa sem fins lucrativos Fiat Chrysler Investors Recovery Stichting intentou uma ação coletiva nos Países Baixos contra a Stellantis por alegada fraude nos testes de emissões por parte de uma das suas empresas antecessoras, a Fiat Chrysler. Esta não informou que instalou software ilegal nos seus veículos, por forma a encobrir as emissões, desde, pelo menos, 2014 até 2017.
Como resultado, a fabricante de automóveis “prejudicou significativamente os investidores que compravam e/ou detinham ações da Fiat Chrysler”, segundo o consultor jurídico da fundação, a firma de advogados Scott+Scott, num comunicado.
A Scott+Scott afirmou que os investidores potencialmente elegíveis para participar na ação são aqueles que compraram ou detiveram ações da Fiat Chrysler na bolsa de Milão entre outubro de 2014 e maio de 2017. Esta reivindicação é financiada por um financiador externo associado ao gestor de ativos norte-americano Fortress Investment Group, de acordo com o site da fundação.
Este escândalo das emissões foi ocultado pela Fiat Chrysler durante anos e afetou milhares de investidores. É mais do que tempo de a fabricante de automóveis ser responsabilizada através desta ação coletiva.
Defendeu Flip Schreurs, presidente da fundação, no comunicado.
Segundo Jan-Willem De Jong, sócio da Scott+Scott, o processo foi apresentado em 28 de agosto ao Tribunal Distrital de North-Holland, nos Países Baixos, e a Stellantis foi notificada em 27 de agosto. Segundo esta, o processo “não tem fundamento”, pelo que defender-se-á veemente.
A Stellantis foi formada em 2021 a partir da fusão da Fiat Chrysler Automobiles e do Grupo PSA, proprietário da Peugeot. A Fiat Chrysler, a PSA e a Opel têm estado sob investigação na Europa, juntamente com várias outras fabricantes de automóveis, na sequência do escândalo Dieselgate da Volkswagen.