O Grupo Renault espera cumprir os seus objetivos para 2021 relativamente às emissões de dióxido de carbono. O sucesso dever-se-á às vendas de veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in, que atingirão uma quota de mercado de 20%.
Além disso, a Renault juntar-se-á à Geely, para uma parceria direcionada para a produção de híbridos e elétricos.
O CEO da Renault, Luca de Meo, revelou estar muito satisfeito com o volume de vendas dos híbridos E-Tech que estão a ultrapassar os veículos com motor de combustão. Aliás, as versões híbridas já representam 40% das vendas do seu novo crossover, o Renualt Arkana.
Os carros elétricos do grupo representam 11% das vendas com basicamente três modelos – Dacia Spring, Renault Zoe e Twingo ZE – números que estão claramente acima das nossas expectativas em termos de encomendas.
Revelou o CEO, mencionando uma percentagem que mais do que duplicou desde o primeiro trimestre de 2020.
Um relatório recente do analista Matthias Schmidt revelou que os veículos elétricos e híbridos plug-in representaram 18% das vendas da Renault, na Europa Ocidental, na primeira metade deste ano. Esse valor era superior ao de todas as grandes marcas, exceto a Kia, que se situava nos 20%.
Em comparação, a Volkswagen registou 16,4%, a Peugeot 14,5%, a Ford 12,1%, a Citroën 5,2%, e a Toyota 3,7%, estando concentrada nos híbridos. Os três principais carros totalmente elétricos do Grupo Renault – ZOE, Twingo e Dacia Spring – parecem estar a ter sucesso no mercado. Aliás, o ZOE foi o terceiro carro elétrico mais vendido na Europa Ocidental, no primeiro trimestre. Em segundo lugar, ficou o Tesla Model 3 (30.126 vendas) e, em primeiro, o Volkswagen ID3 (30.292 vendas).
Renault juntar-se-á à Geely para produção de híbridos e elétricos
Um ano após a dissolução da sua parceria com a Dongfeng, a Renault vai regressar ao mercado da China através de uma joint-venture com a Geely, a fabricante local de automóveis mais vendidos e mãe de marcas ocidentais reconhecidas, como Lotus, Polestar e Volvo.
Joint-Venture
Acordo entre duas ou mais empresas que estabelece alianças estratégicas por um objetivo comercial comum, por tempo determinado. Essas concordam em unir os seus recursos para o desenvolvimento de um negócio conjunto e dividem os resultados, sejam eles lucros ou prejuízos.
As duas empresas já assinaram um acordo que estabelece a nova empresa comum. Esta fabricará e distribuirá modelos híbridos sob a marca Renault, tirando partido da tecnologia, instalações de produção e cadeia de abastecimento da Geely. Por sua vez, a Renault concentrar-se-á no marketing e nas vendas dos novos modelos.
Além das duas empresas, está a ser pensada uma extensão do acordo para colaborarem na produção de veículos 100% elétricos, bem como alargá-lo para outros mercados asiáticos, reforçando, se assim for, a presença internacional da Renault.
À Geely, o novo acordo permitirá ir mais longe na sua estratégia de partilha de recursos com outras empresas do setor, reduzindo os custos de fabricos e compensando o desenvolvimento de novas tecnologias.