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Produção em massa de elétricos de 25.000 euros será rentável a partir de 2025 na Europa

Os carros elétricos ainda não são consensuais, havendo quem acredite que não será possível massificar a sua utilização, nomeadamente por não ser possível vendê-los a preços acessíveis à maioria das carteiras. Contudo, um novo relatório aponta que a produção em massa de elétricos de 25.000 euros será rentável a partir de 2025.


De acordo com um relatório publicado pela Transport & Environment (T&E), 2025 será o ano em que as fabricantes da Europa poderão produzir carros elétricos de 25.000 euros, em massa, de forma rentável.

Este valor é considerado pelos especialistas como o ponto de viragem para a popularização da mobilidade elétrica. Considere que o preço médio de um carro novo na Europa é de 27.500 euros.

A T&E explica que os grandes grupos europeus – BMW, Mercedes-Benz, Renault, Stellantis, Volvo e Volkswagen – aumentaram drasticamente as suas margens brutas, entre 2019 e 2022, resultando num aumento de preços em 17-34%.

Portanto, um dos motivos que explica o aumento dos preços dos carros é o aumento dos lucros das fabricantes, ao qual se juntam os problemas na cadeia de abastecimento, a inflação, entre outros.

Além disso, as marcas europeias começaram a concentrar-se em carros de maiores dimensões e mais rentáveis: a quota de mercado dos SUV passou de 9%, em 2010, para 47%, em 2022.

Os dados recolhidos num inquérito realizado pela YouGov em França, Alemanha, Itália, Espanha, Polónia e Reino Unido mostram que o lançamento de pequenos carros elétricos por 25.000 euros aumentaria a sua quota de mercado para 35%, conduzindo a um volume de vendas adicional de um milhão de veículos de emissões zero por ano.

Para avaliar se será viável que as fabricantes da Europa ofereçam carros elétricos nesta gama de preços a partir de 2025, a T&E modelou três cenários com base na análise Syndex.

No cenário com as condições de mercado mais favoráveis, a T&E concluiu que seria viável comercializar um veículo elétrico do segmento B por 25.000 euros com uma margem de 4%. O modelo previsto teria uma bateria LFP (lítio-ferrofosfato) de 40 kWh e ofereceria uma autonomia WLTP de 250-300 km.

Segundo a T&E, apesar de ser tecnológica e economicamente possível lançar este tipo de carro, a União Europeia, os Estados-Membros e as próprias fabricantes terão de se empenhar para atingir a velocidade e o volume necessários para competir com os rivais chineses e garantir que os pequenos carros elétricos têm prioridade sobre os SUV.

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