A China está a apostar, agressivamente, nos carros elétricos e as marcas com o seu ADN estão a conquistar, paulatinamente, a Europa. Para este ano de 2024, que há pouco começou, o presidente da BYD prevê três tendências para o mercado.
De acordo com o Shanghai Securities News, sediado na China, Wang Chuanfu, presidente do conselho de administração e presidente da BYD, disse, numa conferência, em Guangdong, a 18 de fevereiro, que o desenvolvimento de veículos elétricos continuará a acelerar e não dará às empresas a oportunidade de fazer uma pausa.
Na perspetiva de Chuanfu, a taxa de penetração de veículos elétricos na China continuará a crescer, este ano. A previsão é, portanto, que as fabricantes chinesas se mantenham no topo, além de se esperar que acelerem as exportações dos seus carros para expandirem o seu negócio no exterior.
Na mesma conferência, o presidente da BYD apontou três tendências a observar na indústria automóvel chinesa em 2024:
- A eletrificação automóvel vai reforçar-se. A China atingiu 35% da taxa de penetração de veículos elétricos no ano passado e, no final de 2023, o valor mensal ultrapassou mesmo os 40%. Para Wang, a taxa de penetração mensal de elétricos da China ultrapassará, provavelmente, os 50%, em 2024.
- As empresas chinesas de elétricos continuarão a ganhar força no mercado premium. A quota de mercado das marcas de automóveis nacionais no segmento de elétricos chinês aumentou de 38% em 2020 para 56% no ano passado. Na perspetiva de Wang, a eletrificação e a tecnologia de veículos inteligentes criaram oportunidades no mercado de topo de gama.
- As exportações de veículos elétricos da China irão acelerar.
Recordando, a BYD vendeu mais de três milhões de elétricos em 2023, um aumento de 60% em relação ao ano anterior. Além disso, conseguiu, pela primeira vez, superar a gigante do setor Tesla.
Na mesma linha de pensamento está He Xiaopeng, presidente e diretor-executivo da empresa de elétricos Xpeng. Numa carta interna dirigida ao seu pessoal, recentemente, He disse que 2024 seria o primeiro ano em que o mercado automóvel chinês entraria na “competição sangrenta”.