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NASA publicou um vídeo onde mostra a construção de um novo avião supersónico

Os aviões supersónicos comerciais são ainda uma realidade congelada no tempo que depois da sua estreia, as fatalidades arredaram para mais tarde a evolução desta tecnologia aeronáutica. No entanto, a NASA é uma das candidatas a trazer para a realidade um novo avião supersónico muito silencioso. A agência espacial mostrou um vídeo a construir o Lockheed Martin X-59 QueSST.

O X-59 tem o formato para reduzir o volume do estrondo sónico, que foi uma das causas do abandono dos supersónicos comerciais. Este avião da NASA produz um estrondo sónico que atinge o solo como um impacto suave.


NASA: Aviões supersónicos serão de novo uma realidade

As imagens publicadas em time-lapse mostram a construção do avião X-59 desde maio de 2019 até julho de 2021. A aeronave está a ser produzida com a Tecnologia Quiet SuperSonic (QueSST, na sigla em inglês) que evitará as explosões sónicas ao passar a barreira do som.

Os engenheiros e robôs especializados trabalharam durante este tempo para montar as principais secções (a fuselagem, e as asas) dando forma ao avião pela primeira vez.

Explicou a agência espacial.

O X-59 QueSST da NASA está ainda no processo de construção nas instalações da Lockheed Martin, na cidade de Palmdale, Califórnia, nos EUA. Uma vez concluída a produção do avião, espera-se que sejam realizados os primeiros testes de voo a partir de 2022, que durarão até 2024.

 

Avião supersónico terá estrondo sónico muito silencioso

Um estrondo sónico é o som associado às ondas de choque criadas por um objeto a viajar através do ar com uma velocidade maior que a do som. Os estrondos sónicos geram uma enorme quantidade de energia sonora, soando muito similares a uma explosão.

O Concorde padecia esse problema, do enorme ruído que gerava quer ao levantar, quer quando passava a barreira do som. Isto porque o avião supersónico estava equipado com quatro motores a jato de pós-combustão que lhe permitia viajar comodamente acima de Mach 2, isto é, a mais de 2.150 quilómetros por hora, a uma altitude de cruzeiro de mais de 18.000 metros.

A tecnologia era vista como o futuro da aviação comercial, já que permitia (a quem podia pagar as passagens) viajar entre Nova York e Londres em apenas três horas. Isto é, conseguia encurtar em 50% o tempo que atualmente a aviação comercial consegue fazer.

No entanto, quando entrava em voo supersónico, o estrondo ouvia-se a quilómetros. Deixamos um exemplo. Coloque o som mais alto e perceba o ruído causado por um Concorde:

https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2021/08/concorde_take_of.mp3?_=1

O projeto da NASA inova ao colocar na sua aeronave filtros destinados a absorver o ruído dos seus motores a jato. Além disso, o projeto procura evitar que se formem ondas de choque, gerando um som pouco audível para as pessoas em terra.

O projeto das asas fornece à máquina a força necessária para o levantar à altitude de mais de 16 quilómetros e ultrapassar até 1,4 vezes a velocidade do som.

O objetivo da NASA é mostrar que o avião pode produzir uma explosão sónica mais silenciosa e segura para voar dentro do espaço aéreo convencional.

Referiu a agência espacial.

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