Nos últimos anos muito se tem falado sobre as “novas” energias. Para muitos o hidrogénio verde é o futuro e o caminho para a neutralidade carbónica e, consequentemente, para o combate às alterações climáticas. No entanto, a opinião não é unânime.
Para o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, os críticos do hidrogénio verde “não acertaram” nos argumentos.
Hidrogénio verde: Preço e emprego?
O ministro do Ambiente e da Ação Climática renovou hoje a aposta de Portugal na produção de hidrogénio verde. O ministro deixou algumas críticas em quem não acredita, pelo facto de não aceitarem nos argumentos…
Aqueles que criticaram o hidrogénio, podem lá ter algumas razões, mas não acertaram em nenhum dos argumentos
O governante, considera que os críticos “não acertaram no argumento do preço”, que já tem um “parecido com o do hidrogénio cinzento e com o do castanho”, além de as fontes de energia concorrentes estarem “cada vez mais caras, com o aumento do custo do CO2”.
“E também erraram completamente quando disseram que isto das energias e dos gases renováveis não parece trazer nada do lado emprego, do emprego qualificado e do investimento português e da tecnologia nacional”, referiu o ministro.
O titular da pasta do Ambiente e da Ação Climática disse também não conseguir entender “aqueles que dizem que ‘isto é uma aventura’” e lembrou que, na semana passada, visitou “uma empresa clássica da indústria química em Portugal onde há 40 anos se produz hidrogénio”.
Segundo o ministro, Portugal quer ter em 2030 “5% do hidrogénio verde no consumo final de energia, 15% hidrogénio verde injetado na rede, 50 a 100 estações de abastecimento hidrogénio para o transporte rodoviário, sobretudo, pesados, pelo menos dois gigawatts de capacidade de produção de eletrolisadores, sete mil milhões a nove mil milhões de euros de investimento”.