A Honda e a Nissan estão a considerar uma parceria estratégica para se reforçarem face à concorrência chinesa, cuja liderança não está, ainda, a ser disputada pela indústria japonesa.
Com uma penetração do mercado que tem assustado até os mais céticos, as fabricantes chinesas têm conseguido marcar uma posição. Apesar de as empresas europeias de automóveis estarem a vocalizar o seu receio, não só neste mercado que a China se faz sentir.
Assim sendo, por forma a reforçarem-se face à concorrência chinesa, a Honda e a Nissan estão em conversações para uma parceria estratégica para desenvolver uma nova plataforma elétrica partilhada e um grupo motopropulsor modular.
Estas negociações surgem, na sequência do fracasso de um acordo entre a Honda e a General Motors para o desenvolvimento de carros elétricos a preços acessíveis.
Segundo avançado por fontes da Nissan, estão a ser discutidas a aquisição conjunta de baterias e a utilização de tecnologia partilhada, com o objetivo de reduzir os custos dos seus próximos lançamentos elétricos.
A Nissan, que tem uma aliança semelhante com a Renault para o futuro Micra, em França, planeia ter uma gama totalmente elétrica em regiões como a Europa a partir de 2030.
Embora a fabricante japonesa tenha sido pioneira no automóvel elétrico com o LEAF em 2010, nos últimos anos perdeu a sua vantagem competitiva, ficando atrás de grupos chineses, europeus e americanos.
De facto, as indústria automóvel japonesa não atravessa a sua melhor fase, se observarmos o panorama elétrico. Neste momento, nenhuma das três fabricantes japonesas mais relevantes (Honda, Toyota e Nissan) está perto de poder competir com empresas como a americana Tesla ou a chinesa BYD. A potencial parceria entre a Honda e a Nissan poderia, então, ser benéfica para ambas as empresas.
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