O CEO da Ford anunciou que os próximos veículos elétricos da fabricante serão vendidos apenas online, com um preço não negociável, impedindo as vendas e consequentes margens dos concessionários.
A fabricante está a seguir os passos de outras que já adotaram esta abordagem.
Nos Estados Unidos da América é prática comum os concessionários cobrarem, aos seus clientes, largas margens sobre o preço dos automóveis definido pelas fabricantes. Embora não seja algo que lhes agrade particularmente, não há muito que possam fazer para o impedir.
Por causa dessa possibilidade associada aos concessionários, o CEO da Ford Jim Farley anunciou que os próximos veículos elétricos da fabricante serão vendidos unicamente online e o seu preço não será negociável.
Temos de ir para preços não negociáveis. Temos de estar 100% online. Não há stock, vai diretamente para o cliente. E recolha e entrega 100 % à distância. Penso que os nossos concessionários podem fazer isso. Mas as normas vão ser brutais. Vão ser muito diferentes do que são hoje.
Além da Ford, já outras fabricantes decidiram optar por transferir as suas vendas para o online, executando-as diretamente com o cliente e deixando de lado os concessionários. Exemplo disso são a Mercedes-Benz, Volkswagen, Volvo… Aliás, a Stellantis começará a implementar uma solução semelhante na Alfa Romeo, DS e Lancia: os concessionários servirão como lojas e centros de entrega, assim como acontece com a Tesla.
Esta abordagem reúne muitos benefícios para as empresas, uma vez que têm mais controlo sobre todo o processo de compra, incluindo a entrega, e garantem que os clientes compram os seus veículos pelo preço estipulado.
Assim sendo, os concessionários adotarão, eventualmente, um papel de agente, não precisando de gerir stock e recebendo uma comissão fixa por cada unidade vendida.
O CEO da Ford não mencionou se esta mudança para o online acontecerá em larga escala, ou se acontecerá apenas nos Estados Unidos da América.
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