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Falta de chips com impacto em 20% da produção nacional de carros

Além da pandemia, o mundo vive outros problemas que afetam a sociedade. A falta de chips tem sido a mais evidente, sendo que este problema pode arrastar-se até 2023.

Empresas de telemóveis, de consolas de videojogos, de eletrodomésticos têm vindo a sofrer com este problema, mas são as fabricantes do segmento automóvel que mais prejuízos têm tido. A falta de chips já custou quase 20% da produção de carros nacional.


Falta de Chips fizeram parar AutoEuropa quatro vezes

Tal como temos vindo a acompanhar, o problema está na falta de matéria-prima para se produzirem chips. Em Portugal, o caso do maior exportador nacional, que vale 1,4% do PIB e 4,7% das vendas ao exterior, é o exemplo mais notório, revela o Publico. Desde o início do ano, a Autoeuropa teve de suspender por quatro vezes a laboração por falta de semicondutores (também conhecidos por “chips”). Parou em março, em junho, em setembro e em outubro, paragens que se traduzem num importante desvio na produção.

Todo o sector automóvel, e não apenas os fabricantes de carros, tem sofrido as consequências da escassez de semicondutores. As vendas ao exterior acumuladas de janeiro até julho estavam ainda abaixo dos valores de 2019 e até de 2018.

Apresentavam um recuo de cerca de 270 milhões de euros face a 2019, apesar de o resultado ser já superior ao de 2020 em quase 900 milhões. Globalmente, a produção nacional de carros estava a cair 20% no fim de setembro, arrastada pelo maior peso da Autoeuropa na produção nacional.

A produção de chips é dominada pela Ásia, com o líder de mercado em Taiwan e Coreia do Sul, Japão e China a ocuparem os lugares seguintes. Em declarações ao Publico, Aníbal Campos, presidente da Silampos revela que um contentor que custava à volta de 2000 euros agora pode custar entre 8000 e 14 mil.

O jornal revela que neste momento, o sector agro-alimentar também tem razões de queixa em relação a algumas matérias-primas, como os cereais, assim como o sector têxtil e vestuário, cujas exportações até ficaram 0,2% acima das de 2019 para o período de janeiro a julho.

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