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EUA: chefe do comércio pede medidas rápidas para proteger o setor dos elétricos da China

Não só a Europa teme os carros elétricos chineses. Afinal, a representante do comércio dos Estados Unidos da América (EUA) apelou a medidas “rápidas e decisivas” para proteger o setor dos veículos elétricos da China.


Segundo avançado pela Automotive News, a representante do comércio dos EUA, Katherine Tai, está a concluir uma revisão das taxas da China da altura em que Donald Trump foi presidente do país, e a considerar o apelo de Joe Biden para tarifas mais elevadas sobre as importações de aço chinês.

Numa audiência do Senate Finance Committee dos EUA, Tai disse que o país precisa de criar condições equitativas para os trabalhadores americanos. Mais, explicou que o apelo de Biden por taxas mais altas sobre as importações de aço chinês significa que “estamos em estágios muito, muito avançados do nosso trabalho interagências, e espero que cheguemos a uma conclusão muito em breve”.

Katherine Tai, representante do comércio dos EUA

Estabelecendo um paralelo, a chefe do comércio dos EUA, recordou que as “práticas anti-concorrenciais” da China, incluindo “enormes quantidades de apoio estatal”, fomentaram a superprodução de painéis solares há uma década, devastando os produtores americanos.

Na sua perspetiva, o país está a enfrentar uma situação semelhante, agora, com os carros elétricos e o setor automóvel, pelo que não controlar a concorrência chinesa fará com que os EUA percam a capacidade de produzir.

Temos de tomar medidas rápidas e decisivas e temos de ser muito claros quanto aos motivos que nos levam a tomá-las.

Estamos à procura de condições de concorrência equitativas, porque as atuais condições de concorrência não são equitativas, apesar de toda a conversa sobre comércio livre.

Na quarta-feira, a representante do comércio dos EUA anunciou ter aberto uma nova investigação de práticas comerciais desleais sobre os “atos, políticas e práticas” da China para dominar os setores marítimo, logístico e de construção naval.

A investigação será conduzida ao abrigo da Secção 301 da Lei do Comércio de 1974. Este foi o mesmo estatuto utilizado pelo ex-presidente Donald Trump para impor tarifas sobre centenas de milhares de milhões de dólares de importações chinesas, em 2018.

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