Para muitas, comprar um carro só é possível, se for usado. Contudo, há também pessoas que preferem adquiri-lo em segunda mão, por uma série de razões. Com os elétricos ainda não é assim e uma das principais razões é o estado da bateria.
Carros usados são sinónimo de bom negócio, para quem os compra, mas também para quem os vende. Com a chegada e permanência, em massa, dos elétricos, esperava-se que esse corresse de vento em popa, pela menor exposição a más condições de manutenção mecânica a que os carros alimentados por eletricidade estão expostos, quando comparados com os carros com motor de combustão.
Contudo, o cenário não parece ser, ainda, esse. Um estudo realizado no Reino Unido concluiu que 61%, dos proprietários inquiridos comprariam um carro elétrico, mas mais de um quarto não comprariam, a menos que as suas principais preocupações fossem consideradas.
Com o estado da bateria a liderar o top, segue-se ainda a infraestrutura de carregamento e o preço associado (mesmo falando de carro usados). Os concessionários revelaram ter estatísticas semelhantes.
Sem o mercado de carros usados, a transição para veículos elétricos está fadada a estagnar.
Avisou Lauren Pamma, diretora de programas do Green Finance Institute.
O relatório do Green Finance Institute propõe algumas soluções para superar os entraves apontados pelos inquiridos: um sistema para certificação do estado da bateria, bem como garantias do seu valor; e um sistema de análise de baterias, que asseguraria um conhecimento preciso de vida útil dos componentes.