A condução autónoma é, sem margem para dúvidas, o futuro rodoviário. Na vanguarda deste novo conceito e tecnologia está a Tesla. Pese o facto de ainda ser cedo para o mundo adotar massivamente esta tecnologia, há empresas já em velocidade cruzeiro nos testes reais e utilização corrente.
Com base num email que a Electrek obteve esta semana, Musk está à procura de funcionários da Tesla para testar uma nova atualização de hardware para o recurso de assistência ao condutor semiautomático, que dá pelo nome de Autopilot.
Tesla está prestes a colocar no mercado nova versão para o Autopilot
Ainda não estamos perto de vermos estradas com total implementação de condução autónoma. Cada nível de condução leva décadas a ser adotado e interiorizado, quer pela indústria, quer pela educação rodoviária. Isto, contudo, não é entrave para algumas empresas forçarem o desenvolvimento de tecnologias.
Segundo o que se pode perceber, o novo programa de autocondução tem “mais de 1000% de capacidade do que [hardware anterior]!” exclamou Musk no e-mail. O CEO da Tesla quer “mais algumas centenas de participantes internos” para testar as novas capacidades tornadas possíveis pela rede neuronal da Tesla, que a empresa chamou de “o computador mais avançado do mundo para direção autónoma”.
Elon Musk também revelou numa declaração de lucros que a Tesla está a desenvolver o seu próprio chip de Inteligência Artificial, em vez de trabalhar com um fabricante deste tipo de componentes.
Os proprietários da Tesla com o Autopilot atualmente podem confiar no carro para permanecer na sua via de circulação, ajudar a conduzir, travar de repente e sair de um estacionamento ou local de estacionamento.
Os “testers” da marca, condutores que testam as novas implementações, também foram desafiados a testar várias funcionalidades no passado mês de setembro.
A entidade reguladora para os assuntos dos testes dos veículos autónomos, na Califórnia, atribuiu em junho passado a autorização à Tesla, para testes de autocondução, para 39 veículos, desde que um condutor de segurança estivesse presente, de acordo com os registos do Instituto da mobilidade e dos transportes terrestres dos EUA, a DMV.
Não está claro se o novo “Programa de Teste Completo de Autodireção” se qualificará como direção totalmente autónoma, e se ocorrerá em estradas públicas ou se restringirá à propriedade da Tesla.
Em outubro, a opção Full Self-Driving do Autopilot (uma opção adicional que custa 3 000 dólares e que acresce ao recurso de assistência ao motorista, que custa 5 000 dólares) foi removida dos veículos. Desde 2016, os proprietários da Tesla tinham a opção de pagar por um recurso que (idealmente) seria adicionado aos seus carros no futuro.
Agora Musk está a pressionar para trazer hardware totalmente autónomo a clientes já em 2019. Para o responsável da empresa, isso significa carros que trocam de via, saem da estrada, autoestacionam, e deixam o condutor ser conduzido sem necessidade de ter as mãos no volante e os olhos na estrada, quer curtas, quer para longas distâncias.
Prémios a quem testar
A empresa está disposta a premiar os funcionários que estejam dispostos a testar o novo recurso de condução. A marca oferece um recurso que custa 8 000 dólares, segundo informações de Musk no e-mail.
Para “forçar” e acelerar o processo, Musk acrescentou: “Esta é a última vez que a oferta será feita”.
Está na hora de jogar o trunfo
Na verdade, com a chegada ao mercado de muitas marcas de elétricos com ofertas onde sobressai a qualidade dos materiais, e da qualidade de construção no geral, aliado a preços muito mais interessantes, a Tesla tem mesmo de colocar certa tecnologia como trunfo. Há recursos que são a bandeira da empresa, como a qualidade das baterias e certos sistemas, como o Autopilot, que ainda não são opção em qualquer outro veículo.
A qualidade dos seus sensores e radares podem, de certa forma, pesar na escolha do consumidor, principalmente num ano de grandes revelações da indústria.