Temos ainda muito a aprender sobre os carros elétricos, considerando que a intenção global de massificação é, ainda, recente. Contudo, já se vão sabendo umas coisas, nomeadamente, os “elétricos têm muito menos probabilidade de pegar fogo do que os a gasolina”.
É claro que os carros movidos a gasóleo e gasolina têm um histórico muito mais denso, pois estão no mercado global há significativamente mais tempo, quando comparado com o dos modelos elétricos. Aliás, há consumidores muito fiéis a este tipo de veículo.
Apesar disso, os dados sobre os carros movidos a bateria começam também a ser compilados, dando uma margem maior de análise. De facto, há uns meses, vimos que já há países a conseguir traçar um histórico, uma vez que as vendas de carros elétricos estão a aumentar, e a experiência e o feedback estão, por conseguinte, a robustecer-se.
A corroborar a informação que foi partilhada pela Noruega, país onde os elétricos foram amplamente adotados, está a alegação de Colin Walker, chefe de transportes do think tank Energy and Climate Intelligence Unit, segundo o The Guardian:
Todos os dados mostram que os carros elétricos têm muito menos probabilidade de pegar fogo do que os seus homólogos a gasolina. Os muitos incêndios que ocorrem em veículos a gasolina ou diesel simplesmente não são relatados.
Os dados disponíveis não indicam que um carro elétrico tem mais probabilidade de incendiar do que um movido a gasóleo ou a gasolina. A ideia que os clientes podem ter criado dever-se-á, de certa forma, à informação passada pelos meios de comunicação social.
Aliás, em 2022, a Agência Sueca de Proteção Civil publicou que ocorreram 3,8 incêndios por 100.000 carros elétricos ou híbridos, em comparação com 68 incêndios por 100.000 carros quando todos os tipos de combustível são tidos em conta.
Além disso, de acordo com um estudo do Departamento de Defesa da Austrália, os incêndios em carros elétricos são muito menos comuns do que os eventos com carros com motor de combustão interne. O estudo destacou, no entanto, que os incêndios em carros elétricos são, por norma, mais difíceis de apagar, exigindo mais medidas de proteção.