A Europa tem conhecido alternativas às suas fabricantes tradicionais domésticas, nomeadamente ao que aos veículos eletrificados diz respeito. Agora, pela agressividade do mercado chinês, a Aiways decidiu deixar o seu país natal e concentrar-se nos europeus.
Conforme avançado pela CarNewsChina, a Aiways decidiu retirar-se do mercado chinês, visando concentrar-se no mercado europeu. De acordo com um informador da Aiways, à Fast Technology, “devido à pressão dos preços e à concorrência feroz no mercado chinês, não tencionamos continuar no mercado chinês”.
Fontes próximas da Aiways afirmam, segundo a Autocar, que a grande mudança na estratégia global da empresa ocorre no momento em que esta se prepara para integrar a bolsa de valores Nasdaq. “O centro das operações de vendas globais da Aiways será transferido para a Europa, mais especificamente para a Alemanha, após a admissão. Não há planos para permanecer no mercado chinês, devido à intensa pressão sobre os preços e à concorrência nesse mercado”, revelou uma fonte ao mesmo órgão de comunicação.
Chinesa Aiways não é um sucesso de vendas, mas parece querer mudar isso
Segundo a fonte citada pela CarsNewsChina, a Aiways não parece estar a vingar. Conforme informação partilhada pela imprensa, as vendas cumulativas da Aiways só agora ultrapassaram as 10.000 unidades.
Em 2022, o último ano completo de dados encontrado, as vendas na Europa foram de apenas 1237, num pequeno aumento relativamente ao valor de 2021 de 996. Na China, o número associado às vendas parece, também, ser muito baixo, com vendas em 2022 de 1364, e de 2698 no ano anterior.
Apesar destes números, a Aiways conta com dois modelos no mercado: o U5 SUV e o U6 coupé SUV. Os automóveis são produzidos numa fábrica em Shangrao, na província de Jiangxi.
A produção foi interrompida durante o primeiro semestre do ano passado devido a uma crise financeira e os trabalhadores não foram pagos. Conforme informação, parece que, por volta de agosto, o diretor-executivo foi substituído e a empresa foi objeto de uma reestruturação.
O novo plano dita que a Aiways continuará a produzir automóveis na China, mas exportá-los-á para a Europa e outros mercados. Entre os principais visados pela Aiways está a Alemanha, Itália, Países Baixos e Noruega. Antes das suas atuais dificuldades financeiras, a empresa estava representada em 16 mercados europeus.
A Aiways planeia expandir a sua presença para o Médio Oriente e a Autocar sabe que há ainda planos para a produção com volante à direita para entrar no Reino Unido.
A Aiways foi fundada em 2017 por Fu Qian (Samuel Fu). Este ocupou cargos executivos na China na Mercedes-Benz, Audi e Volvo, anteriormente.