A mais recente aposta da Microsoft está centrada nos dispositivos baseados em processadores ARM, com todos os benefícios desta arquitetura.
Para isso tem em desenvolvimento uma versão específica para estes dispositivos, que, como se sabe agora, terá algumas limitações. Foi a própria Microsoft que os revelou, apesar de aparentemente o ter feito sem intenção.
Tudo o que a Microsoft tem preparado para esta sua aventura no mundo ARM tem sido lentamente revelado. Apresentada a ideia em finais de 2016, apenas no final do ano passado foram conhecidas as primeiras propostas dos parceiros da Microsoft para este novo mercado.
Baseado em processadores ARM da Qualcomm, com foco no Snapdragon 835, estes dispositivos têm uma versão específica do Windows 10, desenhada para fazer a ponte entre aquela que é a plataforma nativa do Windows e esta nova. No entanto, e devido às diferenças, nem tudo será suportado. Vamos ver o que a Microsoft encontrou como limitações.
Apenas drivers ARM64 são suportadas: Por estar a correr numa arquitetura ARM, apenas os drivers desta vão ser suportados. Isto resulta da necessidade de existir uma interação direta entre o sistema operativo e o hardware de base, que é ARM.
Apps x64 não vão ser suportadas: Esta não é uma novidade. Já antes a Microsoft tinha referido que apenas existiria suporte para apps x86 (32bits), ficando de fora as de 64bits. Esta é por agora uma limitação da plataforma de virtualização do Windows 10, embora a Microsoft esteja a trabalhar no seu suporte.
Alguns jogos não vão funcionar: Jogos e aplicações que usam a versão 11 ou posterior do OpenGL ou ainda, que requeiram aceleração por hardware OpenGL, não vão funcionar. Também os que usarem drivers “anti-cheat” não são suportados.
O Hiper-V dp Windows não funcionará: A plataforma de virtualização do Windows não vai ser suportada, o que significa que não vai ser possível correr máquinas virtuais nestes equipamentos. Esta é uma limitação dos processadores ARM.
Apps que assumem que todos os dispositivos ARM correm uma versão móvel do Windows vão ter problemas: Estas app vão assumir erradamente que estão noutro tipo de dispositivos e vão apresentar falhas na interface, surgir com a orientação errada, ou simplesmente não vão correr porque vão chamar APIs que não estão presentes.
Apps que customizam o Windows vão funcionar mal: Os componentes base deste novo Windows não vão ser capazes de ler componentes não nativos. Um exemplo prático desta situação são as apps cloud, que por norma alteram o Windows para ter ícones próprios e para constarem nos menus de contexto.
A informação pública da Microsoft que desapareceu
Originalmente esta informação foi publicada pela Microsoft numa página de suporte. Para além de cada um destes itens explicados e detalhados, existia ainda informação de suporte para resolver os problemas que surgissem.
Alguns dias depois, e sem razão aparente, a informação oficial da Microsoft acabou por ser retirada do ar. Pode ainda ser consultada graças aos muitos mecanismos de cache existentes na Internet.
Espera-se muito destes equipamentos e do Windows que lhes irá dar suporte. A aposta da Microsoft é clara e quer que estes tenham uma grande adesão. As funcionalidades prometem, restando apenas ao hardware estar à altura do que é proposto.